O notório avanço tecnológico na área médica materializa a necessidade de profissionais capacitados para atuar no setor. Frequentemente são incorporados à Medicina novos instrumentos, máquinas, próteses e implantes, porém a carência de mão de obra para gerenciar essas recentes tecnologias pode ocasionar mau uso e elevada de manutenção dos equipamentos, o que gera mais custos para as empresas de saúde.
De acordo com o Dr. Homero Melo, diretor dos cursos de Tecnologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, um dos principais fatores que contribuem para a carência de profissionais tecnólogos em Sistemas Biomédicos é a falta de cursos oferecidos no Brasil.
“Existem poucos cursos deste segmento, pois é difícil montá-los, visto que é necessário contar com um parque tecnológico, professores e campos de estágio. Essa graduação capacita o profissional para projetar e realizar a manutenção de aparelhos médico-hospitalares e desenvolver a administração no planejamento de laboratórios, tanto nas condições de instalação de equipamentos quanto na manutenção preventiva”, afirma.
Para o Dr. Melo, a manipulação dessas máquinas por pessoas não habilitadas interfere na vida útil dos aparelhos. “Um exemplo, é a bobina de ressonância magnética, que custa em média 32 mil dólares e tem vida útil média de 2 anos. O manuseio correto faz com que o equipamento dure em torno de 3 anos. A maioria das empresas coloca a garantia estendida para esses eletrônicos, pois sabem que a duração será menor por não ter um profissional especializado para mantê-los”, fala.
O especialista explica que o graduado também pode realizar o acompanhamento de toda a estrutura hospitalar, que engloba frentes como refrigeração, blindagem, esterilização, acessibilidade, ambientação acústica e térmica, entre outras atribuições. “Ele é habilitado para o gerenciamento e preservação desse local”, diz.
A área de Sistemas Biomédicos fornece uma carreira promissora e atrativa. De acordo com publicação do portal Guia do Estudante, os salários iniciais para esses profissionais gira em torno de 2.500 reais. Além disso, 96% dos formandos conseguem emprego todos os anos no setor.
Segundo o professor, o campo de atuação é muito amplo, podendo atuar em hospitais, policlínicas, laboratórios, fabricantes e distribuidoras de equipamentos hospitalares “Duas outras vertentes são os esportes paraolímpicos e a área odontológica, visto que o desenvolvimento e distribuição das próteses e implantes passam por profissionais com formação em Sistemas Biomédicos”, enfatiza.
Com o objetivo de promover a capacitação para a área, a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo apresenta o novo curso de Graduação em Tecnologia em Sistemas Biomédicos, com duração de três anos. Mais informações podem ser obtidas no site da Instituição: www.fcmsantacasasp.edu.br.