O número de pessoas infectadas com tuberculose caiu 27,58% no Brasil entre os anos de 1999 e 2008. No período, o índice de contaminação diminuiu de 51,44 casos por 100 mil habitantes, em 1999, para 37,12, em 2008. Entre os motivos da melhora, está a redução do número de pobres, beneficiados pelos programas sociais do governo, e também pelo aumento do salário mínimo.
Apesar dos números favoráveis, o estudo mostrou que o Brasil ainda registrou 70.379 casos de tuberculose no ano passado, contra 82.934 em 1999. O líder em incidência da doença é o Amazonas, com 68,93 tuberculosos para cada 100 mil habitantes, seguido pelo Rio de Janeiro, com 66,56, Pernambuco, 47,69 e o Ceará, 42,60. Na capital fluminense, o índice chega a 90 por 100 mil.
Na cidade do Rio de Janeiro a doença está concentrada nas favelas, onde é grande a pobreza e o excesso de pessoas vivendo juntas no mesmo ambiente. A Favela da Rocinha chama a atenção pelos altos índices de contaminação. Embora tenha registrado declínio nos últimos anos, caindo de 600 casos por 100 mil para 300 por 100 mil, o número ainda e muito elevado.
Um agravante é a infecção de tuberculose em pacientes com aids. A taxa de mortalidade no Brasil de pessoas com tuberculose é de 5%. Dos que tem a doença e aids, 20% morrem. Um dos motivos que aumentam a mortalidade, segundo o Ministério da Saúde, é o abandono do tratamento por 8% dos pacientes.
Uma das novidades, que deve começar a ser implantada nos próximos meses, é o uso de um medicamento chamado de 4 em 1, que em uma única dose reúne quatro remédios usados contra a doença, o que deve ajudar na aderência dos pacientes ao tratamento. O medicamento vai começar a ser importado da Índia e, dentro de dois anos, passará a ser fabricado pela Fundação Oswaldo Cruz.
*Com informações da Agência Brasil
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