Utilização da Toxina Botulínica Tipo A provoca o relaxamento dos músculos afetados, permitindo significativa recuperação motora, quando associada a um programa intensivo de fisioterapia

Pelo menos 30% dos pacientes vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC ou, mais popularmente, “derrame” e “isquemia cerebral”) evoluirão com sequelas motoras significativas, que podem limitar a sua locomoção e atividades diárias, potencialmente afetando também higiene, causando dor e comprometendo a qualidade de vida do paciente, seus familiares e seus cuidadores.

O que pouco se divulga é que estes pacientes contam com tratamento de primeira linha para melhorar sua qualidade de vida, de forma gratuita, através do Sistema Único de Saúde (SUS) e pelos convênios ou planos de saúde. Este é o caso do tratamento terapêutico com a Toxina Botulínica Tipo A (TBA) em pacientes com contraturas musculares excessivas e anormais (denominadas “espasticidades” e “distonias”) – tais como frequentemente ocorre em sequelas de AVC, Paralisia Cerebral (PC) ou Blefaroespasmo (contração involuntária e excessiva das pálpebras e musculatura facial), entre outros. O tratamento com TBA está atualmente disponível em vários Hospitais – tanto públicos (onde o tratamento é gratuito), quanto privados (onde o tratamento é coberto pelos convênios de saúde).

A TBA, hoje, faz parte de diversos Consensos, Diretrizes e Revisões das principais especialidades médicas que tratam de reabilitação na Europa, Austrália e EUA, com mais de 3400 publicações e mais de 760 relatos de estudos clínicos sobre o tema (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed).

A Toxina Botulínica Tipo A (TBA) provoca o relaxamento dos músculos espásticos e distônicos, permitindo gradual e significativa recuperação motora, quando aplicada juntamente com um programa regular e intensivo de fisioterapia. “À medida que a TBA relaxa o músculo, não só permite uma melhora na amplitude do membro afetado, como também contribui significativamente para a melhora da dor, cuidados com a higiene e a qualidade de vida”, assinala Dr. Vitor Tumas, Chefe do Departamento de Neurociências e Ciências do Comportamento da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP-RP).

A aplicação da TBA em Medicina Física (Fisiatria) e em Neurologia é realizada através da injeção de doses adequadas nos músculos lesados pela doença, em procedimento minimamente invasivo ao paciente, e com efeito exclusivamente local. Dependendo do grau de lesão muscular e da resposta individual, o paciente deve repetir as aplicações – a intervalos de cerca de seis meses.

A efetividade do tratamento com TBA é maior quando associado com um programa de fisioterapia individualizado. “Isto exige importante integração entre os especialistas médicos e os fisioterapeutas que cuidam dos pacientes. Com base na importância do tratamento integrado, muitos estados optaram por implementar Centros de Referência em Reabilitação, com programas multidisciplinares para diagnóstico, tratamento e acompanhamento de cada paciente”, destaca Dr. Tumas.

Segundo o médico, se comparado aos métodos convencionais isolados, o uso da TBA, combinado à fisioterapia regular e intensiva, é mais eficaz e acelera a recuperação dos pacientes que têm disfunções musculares. “A Toxina Botulínica Tipo A é uma medicação que pode ser utilizada para controlar os sintomas de doenças que causam contração muscular excessiva, tais como distonias (reações involuntárias que alteram o movimento ou a postura normal) ou casos de paralisia com rigidez muscular (“espasticidade”), como ocorre na maior parte dos acidentes vasculares cerebrais (“AVCs”). Nesses casos, essa toxina é capaz de reduzir essas contrações anormais, melhorar muito os sintomas dos pacientes e promover mais qualidade de vida”, finaliza.

Recuperação

O Acidente Vascular Cerebral (AVC ou popularmente “derrame”) é a principal causa de mortalidade no Brasil, responsável por 10% dos óbitos, e mais de 2 milhões de novos casos por ano (Garritano, 2012, em http://www.precepta.com.br/artigos/tendencia-atual-da-mortalidade-por-avc-brasil/). Os principais fatores de risco associados ao AVC – que pode ser isquêmico (por privação de sangue) ou hemorrágico (por hemorragia intracraniana) – são a hipertensão arterial e o diabetes.

A contratura muscular excessiva (paralisia espástica) é uma sequela comum nesses casos. Sabe-se que nos EUA, por exemplo, a doença afeta mais de 7 milhões de adultos, com 1 novo caso a cada 40 segundos, e custos anuais de mais de 50 bilhões de dólares (http://www.cdc.gov/chronicdisease/resources/publications/AAG/dhdsp.htm).

Dysport®

Atualmente existem no Brasil diferentes marcas e apresentações da Toxina Botulínica Tipo A, sendo que as mais comuns são frascos de 100 e de 500 unidades. A TBA de 500 unidades adquirida pelo governo brasileiro chama-se Dysport®, fabricado pela Ipsen. Dysport® é utilizado no Reino Unido desde 1991 e possui licença de comercialização em 76 países de todo o mundo para uso terapêutico. As doses de qualquer TBA são individualizadas para cada paciente, de acordo com o seu peso, número de músculos afetados e intensidade da lesão (distonia ou espasticidade). Os especialistas decidem pelas diferentes apresentações de acordo com cada caso e com as propriedades de cada medicamento, uma vez que não há nenhuma “taxa de conversão” entre as diferentes marcas dos agentes “biológicos”.

O uso de todo e qualquer medicamento envolve precauções e potenciais efeitos colaterais. Para mais informações, deve ser sempre consultado um especialista e/ou a bula do medicamento.

Sobre o Grupo Ipsen

Ipsen é um grupo que atua em inovação farmacêutica global, produzindo mais de 20 produtos especializados para o mercado mundial. O Grupo Ipsen tem uma equipe mundial de cerca de 4.500 funcionários. Sua estratégia de desenvolvimento é baseada numa combinação de medicamentos especiais em várias áreas terapêuticas (oncologia, endocrinologia, neurologia e hematologia) e produtos de cuidados primários. A empresa tem quatro centros de Pesquisa e Desenvolvimento (Paris, Boston, Barcelona e Londres) e possui um grupo de pesquisadores altamente qualificado. Mais de 800 pessoas em Pesquisa & Desenvolvimento se dedicam à descoberta de medicamentos inovadores. Esta estratégia é apoiada também por uma política ativa de parcerias do Grupo Ipsen. Em 2009, foram investidos cerca de €200 milhões (20% das vendas consolidadas), enquanto o faturamento total foi de € 1 bilhão. O Grupo Ipsen tem ações negociadas na Euronext Paris (código de estoque: IPN, código ISIN: FR0010259150), tem partes elegíveis para o “Serviço de Règlement Différé” (SRD) e ainda faz parte do índice 120 SBF.

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