Cuba e Brasil assinaram em Havana um acordo de colaboração na área de saúde e biotecnologia para combater o câncer e a diabetes. O projeto de cooperação chamado “Fortalecimento e organização de pesquisa clínica para o câncer” foi assinado pelos ministros da Saúde, Roberto Morales, de Cuba, e Alexandre Padilha, do Brasil.
Em discurso, Padilha afirmou que espera poder produzir e utilizar no Brasil medicamentos biotecnológicos cubanos, e que ambos os países possam conquistar o mercado global em tratamentos contra o câncer, a diabetes e doenças renais.
O ministro visitará nesta sexta-feira a Escola Latino-americana de Medicina, onde estudam 600 brasileiros. Ele afirmou que pretende aproveitar esta visita “para dar passos concretos que permitam aos brasileiros que estudam em Cuba contribuir mais com a saúde dos compatriotas”.
Brasil e Cuba são parceiros na saúde desde 1996 . As colaborações incluem projetos de cooperação na área de biotecnologia e vigilância sanitária.
Cuba ampliou sua colaboração médica para 66 países, onde trabalham 39.148 médicos e paramédicos cubanos. A ilha registrou este ano a primeira vacina terapêutica contra o câncer de pulmão, e testa outra contra tumores que afetam a próstata. O país desenvolveu o medicamento Heberprot-P, único no mundo eficaz para o tratamento de úlceras em pessoas diabéticas.