Já imaginou não poder pão ou macarrão? Grande vilão no cardápio de muitas pessoas, o glúten é uma proteína que está presente na composição de vários alimentos feitos com trigo, centeio, cevada e aveia. A Doença Celíaca e a intolerância ao glúten são problemas alimentares que podem causar sintomas variados e que podem prejudicar a qualidade de vida e até mesmo predispor problemas mais graves.
De acordo com a gastroenterologista Dra. Fernanda Andrade de Oliveira, do Hospital Santa Luzia, em Brasília, a Doença Celíaca é uma doença auto-imune (desencadeada pelo sistema imunológico) que pode causar sintomas como: diarréia, dor abdominal, gases, perda de peso, cansaço e anemia. “Contudo, estes sinais variam de paciente para paciente, sendo que alguns apresentam os sintomas com menor intensidade, o que pode dificultar o diagnóstico. Antigamente era uma doença diagnosticada na infância, mas temos feito cada vez mais diagnóstico em adultos”, relata a especialista.
Outra preocupação em relação à Doença Celíaca é sua relação a outros problemas de saúde como: osteoporose, infertilidade e predisposição ao câncer de intestino. “O portador desta patologia deve ser tratado o mais rápido possível, daí a importância do diagnóstico precoce.” O tratamento para Doença Celíaca é a suspensão completa do glúten da dieta, informa a gastroenterologista.
“A Intolerância ao glúten ainda não está muito bem definida na literatura médica, mas tem sido cada vez mais associada a distúrbios intestinais na prática clínica. Toda intolerância alimentar deve ser analisada e tratada de forma individualizada para obtermos o melhor resultado possível”, alerta a gastroenterologista. O paciente com intolerância ao glúten normalmente apresenta os exames laboratoriais normais, mas com sintomatologia relacionada ao consumo de glúten. Estes pacientes devem ser orientados quanto a dieta a ser seguida, uma vez que nem sempre é necessário a dieta completamente restritiva como na Doença Celíaca.
A Doença Celíaca, Intolerância ao Glúten e a Intolerância a lactose são distúrbios alimentares com sintomas semelhantes, mas com causas diferentes. Devem ser avaliadas com exames laboratoriais e se necessários exames endoscópicos com biópsia. Uma orientação médica e nutricional é fundamental para devolver ao paciente a qualidade de vida e o prazer em comer, conclui Dra. Fernanda.
