Assunto é especialmente sensível à saúde e exige soluções inteligentes
A aceleração da transformação digital em saúde não se limita à migração de prontuários para ambientes virtuais.
É, na verdade, um movimento estratégico que redefine a soberania de dados em um setor onde informações são ativos críticos, tanto para inovação clínica quanto para riscos regulatórios e competitividade.
Enquanto instituições acumulam petabytes de dados (desde sequenciamento genômico até fluxos operacionais em tempo real), a discussão central já não é se migrar para a nuvem, mas como fazê-lo sem abrir mão do controle em um ecossistema fragmentado e sob ameaças cibernéticas sem precedentes.
A nuvem como vetor de soberania
A infraestrutura local, ainda prevalente em hospitais brasileiros, não apenas limita a escalabilidade técnica, mas cria ilhas de dados incompatíveis com modelos de saúde 4.0.
O desafio vai além da obsolescência tecnológica: sistemas legados perpetuam gargalos na interoperabilidade, dificultando a integração de Real-World Data (RWD) com ferramentas de IA preditiva ou análises prescritivas.
Maior interoperabilidade e compartilhamento de dados contribui com a sustentabilidade do setor
Enquanto o FHIR (Fast Healthcare Interoperability Resources) é celebrado como padrão de interoperabilidade, sua implementação efetiva depende de APIs gerenciadas em ambientes cloud-native.
Plataformas como Google Health API e AWS HealthLake permitem normalizar dados estruturados e não estruturados (como notas de atendimento em NLP), criando data lakes aptos a alimentar modelos de machine learning.
O impacto é mensurável: hospitais usando cloud para interoperabilidade reduzem em 40% o tempo de integração de dados de wearables (ex.: monitoramento pós-cirúrgico via Apple Watch), segundo estudo da Mayo Clinic.
Aplicações desse tipo, além de agilizar diagnósticos, também transformam dados passivos em dados acionáveis para medicina personalizada.
A cloud computing surge não como mera alternativa de armazenamento, mas como plataforma para data mesh, arquitetura que descentraliza a governança, permitindo que departamentos (laboratórios, UTIs, administração) gerenciem domínios específicos, mantendo coerência global.
A narrativa de que servidores físicos são “mais seguros” cai por terra diante de ataques ransomware como o WannaCry, que paralisou o NHS, sistema público de saúde do Reino Unido, em 2017.
Provedores de nuvem como OCI, IBM, AWS e AZURE oferecem certificações como HIPAA, ISO 27001 e SOC 2, além de security by design com criptografia pós-quântica experimental e zero-trust frameworks.
O verdadeiro risco está na superficialidade da migração: 73% das violações em saúde, segundo o IBM X-Force, decorrem de configurações inadequadas de acesso, não de falhas na nuvem.
A saída está em modelos híbridos com edge computing para dados sensíveis (ex.: imagens de ressonância) processados localmente, enquanto análises de grandes volumes migram para a nuvem.
O custo oculto da “nuvem superficial”
Migrações mal planejadas criam armadilhas financeiras. Um erro comum é replicar modelos on-premise na nuvem sem otimizar arquiteturas para serverless ou microsserviços, gerando custos exponenciais com armazenamento redundante.
Também é preciso levar em conta que a LGPD e o GDPR exigem data residency, garantia de que dados de pacientes brasileiros não migrem entre regiões sem consentimento.
Provedores globais já oferecem zonas de disponibilidade exclusivas no Brasil, mas a responsabilidade final é das instituições, que devem auditar cláusulas contratuais para evitar brechas.
Controle não é posse, mas sim governança
O dilema não é “ter ou não dados na nuvem”, mas como construir data sovereignty em um ecossistema hiperconectado.
Isso demanda contratos com SLAs transparentes sobre disponibilidade (99,99% mínimo para EHRs), portabilidade de dados, arquiteturas descentralizadas e parcerias com provedores especializados em saúde, capazes de customizar compliance para ensaios clínicos ou genômica.
A Noxtec, por exemplo, implementa FinOps para otimizar custos em nuvem aliado a governança federada, onde hospitais mantêm chaves de criptografia mesmo em ambientes públicos. Além disso, a Noxtec é especialista em arquiteturas multicloud, oferecendo suporte tanto a ambientes públicos quanto privados, possibilitando flexibilidade, segurança e aderência regulatória sob medida para cada realidade hospitalar.
Como afirma Robson Catão, CEO da empresa: “A nuvem não é sobre terceirizar dados, mas sobre capacitar instituições a extrair valor estratégico deles.”
De 20 a 23 de maio, a Noxtec estará na Feira Hospitalar 2025, em São Paulo, apresentando na prática como soluções em nuvem, interoperabilidade e inteligência de dados estão ajudando instituições a ganhar eficiência e segurança. Visite nosso estande e conheça cases reais de transformação digital. Vamos conversar sobre o futuro da saúde e como torná-lo viável agora.