Com o avanço da epidemia no país, hospitais do Rio de Janeiro e de São Paulo estão registrando alta de até 50% na demanda por atendimento emergencial.
No Copa D”Or do Rio, o número de atendimentos a crianças este mês aumentou 68% em relação a julho do ano passado. Do público total atendido pela instituição, 95% são clientes de planos de saúde. A Rede já teve que investir R$ 100 mil devido à contratação de profissionais para os hospitais Copa D”or, na zona sul da cidade, e também no Quinta D”Or, na zona norte, onde a demanda cresceu 50%. No Hospital Samaritano, em Botafogo, na zona sul do Rio, a demanda aumentou 40% em relação a junho. Nos consultórios médicos, segundo a Unimed-Rio, o crescimento é de 20%
Já a preocupação do grupo Amil é com o possível aumento de internações graves. Hoje, há 15 clientes da empresa internados no país, dos quais 8 em Unidades de Terapia Intensiva. De acordo com a operadora, cada internação com assistência respiratória integral 24 horas custa entre R$ 10 mil e R$ 12 mil por dia. E a expectativa epidemiológica é que o volume de internação cresça até setembro.
Na Intermédica, por exemplo, há cerca de 20 pessoas internadas, inclusive na UTI, com suspeita da doença. Neste inverno, o atendimento nos prontos-socorros da empresa, que utiliza rede própria, aumentou entre 10% e 15% sobre 2008.
Em contrapartida, a SulAmérica Seguros, com 1,7 milhão de segurados no país, resolveu assumir os custos do exame que detecta o vírus H1N1, a ser feito no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. De acordo com a empresa,  sairá mais barato bancar o custo de R$ 400 do exame do que assumir o gasto de uma internação na UTI.
Em 2008, o impacto da dengue – entre os meses de janeiro e abril de 2008 – nos custos da Unimed-Rio foi de R$ 4,9 milhões. Isso representou cerca de 2% dos custos médicos daquele ano. Na Amil, também houve aumento de custos em R$ 4 milhões por causa da dengue. A sinistralidade fechou o primeiro trimestre do ano passado com 65,7%.
Nos hospitais paulistas Sabará, Sírio Libanês, Oswaldo Cruz e Santa Catarina, a demanda nos prontos socorros aumentou de 18% a 30% no inverno deste ano, sobre 2008.
Para o próximo ano, os planos já preveem repassar esses custos ao consumidor. A ideia das operadoras é apresentar planilhas para a ANS e tentar negociar um repasse maior com a Agência.
*Com informações do Valor Econômico