A Constituição que determina que os estados brasileiros destinem à saúde no mínimo 12% de suas receitas próprias não tem funcionado em 16 governos. De acordo com o ministério da Saúde, R$ 3,6 bilhões deixaram de ser aplicados em hospitais, remédios, exames e outras ações de saúde em 2007, sendo repassados para outras finalidades como em restaurantes populares e na despoluição da baía de Guanabara, conforme constatado no estado do Rio de Janeiro.
O levantamento feito pelo ministério também apontou que Minas Gerais utilizou a verba que deveria ser destinada para a saúde em um programa de financiamento da casa própria. No estado de Goiás o recurso foi utilizado na ampliação da rádio, da TV e da gráfica estadual. Tratamento de esgoto, plano de saúde dos funcionários estaduais, aposentadoria dos servidores da saúde, alimentação de presidiários e programas sociais também foram incluídos nas contas da saúde.
A auditoria do ministério da Saúde aponta que o estado de São Paulo teria investido 11,75%, chegando mais perto do mínimo exigido pela Constituição.
Por outro lado, o Ministério Público Federal acusa o ministério da Saúde de não dar o exemplo, uma vez que este deixou de aplicar na saúde pública R$ 5,4 bilhões entre 2001 e 2008.
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