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Funcionário engajado é dono das próprias métricas e trabalha melhor

Article-Funcionário engajado é dono das próprias métricas e trabalha melhor

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Presidente do laboratório Sabin, Lídia Abdalla (Foto | Divugação)
No Laboratório Sabin, o colaborador não é só alvo das ações estratégicas, ele é convidado a participar ativamente do futuro da empresa

O Laboratório Sabin ficou em primeiro lugar entre as melhores empresas para trabalhar (GPTW) no segmento Medicina Diagnóstica.

Reunião de planejamento estratégico em empresas envolve geralmente algumas lideranças para debater o futuro da companhia. São diferentes pontos de vista, cada qual analisando uma área, com a difícil missão de avaliar todos os lados e, ao mesmo tempo, escolher o melhor para instituição. O que já pode parecer um desafio de conciliação em empresas convencionais, no Laboratório Sabin é encarado também como política de gestão de pessoas, quando além de líderes, 60 funcionários participam da reunião e das decisões do planejamento de forma voluntária.    

Com a iniciativa, a organização propõe o engajamento das pessoas e faz com que elas se sintam importantes, donos das métricas e que mostrem mais alinhamento no dia a dia da companhia. “Trabalhamos com uma gestão muito participativa e proativa. Quando desenhamos nossa estratégia e indicadores, tudo é comunicado e detalhado para todas as áreas. O funcionário engajado se sente dono do indicador”, conta a presidente do Laboratório Sabin, Lídia Abdalla.

Segundo a executiva, a política de gestão de pessoas envolve a busca de um significado e um propósito para o trabalho. Esse cuidado começa desde a seleção dos profissionais, que são escolhidos de acordo com os valores do laboratório. “Não basta saber, a pessoa precisa gostar do que faz”, afirma Lídia, enfatizando que a empresa não olha apenas para um currículo recheado de atributos. “O respeito à vida, a verdade e a ousadia são norteadores para o nosso jeito de ser, sempre com um sorriso e muito orgulho do trabalho. Em nossa missão, a precisão vem dos números, mas os resultados vêm das pessoas”, detalha.

A estratégia não é à toa, pois a executiva entende que o cuidado e a preocupação com os colaboradores têm impacto direto na percepção dos clientes. Tanto é que, segundo a executiva, alguns pacientes preferem ir ao laboratório em vez de receber a equipe de coleta em domicílio, porque gostam do ambiente - e do pão de queijo servido no desjejum. Outro atrativo para os clientes é a música na recepção do laboratório. “Colocar músicos foi importante para tirar o medo das pessoas e o foco de que elas estão ali para coletar sangue”, conta Lídia, acrescentando que o conjunto de músicos do Sabin já é o segundo maior de Brasília, perdendo apenas para o grupo do teatro nacional.

MULHERES EM AÇÃO

Com uma história de mais de 30 anos escrita nas regiões Centro-Oeste e Nordeste do País, o laboratório alcançou números expressivos: 1391 colaboradores, faturamento estimado de R$ 400 milhões para 2014 [até o fechamento desta edição, a empresa ainda não tinha consolidado os resultados] - 30% maior do que o registrado em 2013 -, 138 unidades distribuídas no Distrito Federal, Goiás, Bahia, Minas Gerais, Pará, Tocantins e Amazonas. Recentemente adquiriu mais oito, por meio do controle do Quaglia, localizado em São José dos Campos (SP), quando o laboratório chegou na região Sudeste.

Fundado pelas sócias Janete Vaz e Sandra Soares, e hoje liderado por uma presidente, as mulheres são marca da organização com cerca de 75% da força de trabalho. Para cuidar do contingente, alguns programas foram desenvolvidos como o acompanhamento para as colaboradoras gestantes por uma equipe de profissionais de saúde.  Para a empresa, o momento é de extrema importância na vida de uma mulher e, inclusive, os testes de gravidez são realizados no próprio local de trabalho, como estímulo à aceitação. “Em muitas empresas, a mulher não tem coragem de contar, pois a empresa acha ruim. Aqui, nós contamos para a mãe que ela está esperando um bebê e comemoramos com ela”, comenta Lídia.

DESENVOLVIMENTO

O trabalho para que os funcionários se desenvolvam e cresçam profissionalmente reflete em baixo turnover e na criação de líderes nas bases da empresa. Há uma Universidade Corporativa (Unisabin) com um “guarda-chuva” de todos os processos de capacitação da empresa e projetos como o MBA para o desenvolvimento profissional. “Quase não perdemos funcionários para outras empresas do setor. Quando acontece, é para concurso público, por uma questão cultural da cidade (Brasília).”

Segundo a executiva, quase todos os cargos de liderança são de pessoas formadas pelo Sabin. Ela é um exemplo disso, pois depois de 15 anos na empresa alcançou a principal posição na organização.