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Por que os consultórios não podem mais ignorar a transformação digital na saúde?

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Transformação digital. Muitos médicos ainda torcem o nariz e viram a cara quando escutam essa expressão. Realmente é difícil acompanhar as mudanças que ocorrem com o avanço das soluções tecnológicas. Entretanto, mais do que resistir a elas, é necessário compreendê-las e, mais importante, assimilá-las. Não se trata mais de pesquisar os impactos da tecnologia no ambiente médico, mas sim de saber quais são os prejuízos ao não adotar estes recursos no dia a dia do consultório. Sim, o mundo mudou bastante nos últimos anos e os profissionais de saúde precisam acompanhar estas tendências.

Expressão comumente utilizada no ambiente corporativo, passou a ganhar espaço também em outros setores, como finanças, educação e administração pública. Era questão de tempo para avançar também na área médica. Nesse meio tempo, ganhou um ‘empurrãozinho’ externo: a pandemia de covid-19 obrigou a área a digitalizar processos. Questões como telemedicina, por exemplo, precisaram ser adotadas de forma emergencial. Hoje, oito em cada dez profissionais de saúde (81%) concordam que a transformação digital está acelerado no setor, segundo pesquisa da Accenture. Para além da necessidade durante o avanço do novo coronavírus, outros motivos explicam a importância que médicos precisam dar ao conceito. Confira:

1 – Vivemos em uma era de “plataformização”

A evolução tecnológica é tamanha que atualmente são raros os negócios que se desenvolvem sem depender de algum tipo de plataforma que organiza e agiliza os processos de trabalho. A “plataformização” já é uma realidade em todo o mundo e está mudando as estruturas das organizações – inclusive os consultórios de saúde. É inimaginável um médico não utilizar um prontuário eletrônico em seu expediente. Esta solução serve como um hub de informações, concentrando tudo o que mais importa para a qualidade das consultas e a organização administrativa e financeira. 

2 – O paciente precisa estar no centro das estratégias

O avanço da digitalização mudou o relacionamento das pessoas com as empresas e prestadores de serviços. O perfil mais passivo deu lugar a cidadãos empoderados que valorizam a boa experiência – e descartam marcas e profissionais que não entregam isso. É um cuidado que os médicos precisam ter com as consultas. Se o paciente tiver que esperar na recepção para ser atendido e o atendimento não for satisfatório, ele vai procurar outro médico. Um dos pilares da transformação digital é justamente a centralidade do paciente na estratégia do consultório. É preciso saber quais são as demandas dos pacientes e solucioná-las.

3 – Inteligência para reunir informações mais importantes

Não há planejamento na área de saúde sem inteligência na tomada de decisão – e não há inteligência se não houver uma solução que reúne, analisa, trata e cruza as informações mais importantes para o médico. Se antes era possível recorrer aos arquivos físicos para consultar dados dos pacientes, agora a situação mudou. O volume de informações é cada vez maior e, para fazer um diagnóstico preciso, o profissional precisa encarar um número infindável de fontes de informação, como histórico, literatura médica, etc. Isso só é possível com o apoio de ferramentas digitais.

4 – Integração de diferentes profissionais na mesma estrutura

Uma vez que é preciso trabalhar com diferentes informações para melhorar seu trabalho, torna-se fundamental que os diferentes profissionais presentes no consultório estejam integrados. Novamente é uma realidade comum à transformação digital, com soluções que façam essa conexão de forma automática e sem impactar na produtividade dos colaboradores. Com bons prontuários eletrônicos, é possível conectar a agenda do médico ao receituário e histórico dos pacientes, além de plataformas financeiras e até fontes de conteúdo clínico.

5 – Trabalho preventivo e de acompanhamento dos pacientes

Por fim, todas as mudanças provocadas pela transformação digital também impactam no objetivo das consultas. Temas como qualidade de vida e bem-estar estão em alta na vida das pessoas. Elas não buscam mais um médico para cuidar de alguma doença que apareceu, mas principalmente para evitar possíveis problemas no futuro. Isso exige uma estrutura grande nos consultórios, que precisam ter acesso a informações como histórico do paciente e artigos científicos para conseguir atender com competência todos os seus pacientes.

* Tiago Delgado é sócio-fundador da Medicina Direta, empresa especializada em gestão e serviços digitais para clínicas e consultórios

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