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Tecnologia para prevenir e remediar

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É sabido que a pandemia da Covid-19 impulsionou o processo de transformação digital de diversos setores que já caminhavam rumo à digitalização. Sobretudo a área da saúde, que precisou se adaptar às pressas a essa nova realidade, embora já avançasse em direção à era digital, ainda que a passos lentos no Brasil.

Aliás, mais que preciso, se tornou urgente repensar e reinventar processos, buscando alternativas para atender ao público de forma ágil e segura. E o denominador comum para todas essas demandas? Investimento em tecnologia e inovação ao redor de um objetivo principal: melhorar a qualidade dos atendimentos e serviços de saúde prestados à população. 

A boa notícia é que grande parte das organizações de saúde seguem caminhando nesse sentido. Pesquisa realizada pela Deloitte com executivos de tecnologia de 25 sistemas de saúde revelou, por exemplo, que a maioria dos entrevistados (60%) posicionou suas organizações como no meio de suas jornadas rumo a um estado digital ideal.

Ainda segundo a mesma pesquisa, quando perguntados sobre quais tecnologias eles estavam investindo agora e o que planejavam para os próximos anos para transformar seus modelos de negócios e clientes, 76% dos entrevistados disseram investimentos em insights e análises, 68% em serviços de saúde virtual e 56% na nuvem como suas prioridades atuais. 

Em meio a esse cenário, acrescento, ainda, outras três tendências em alta na área da saúde, que vieram para ficar. São elas: Internet of Medical Things (ou IoT da Saúde), Inteligência Artificial e a Telemedicina.

Cada vez mais popular no ambiente empresarial, acadêmico, industrial e até dentro de casa, o conceito de Internet das Coisas - ou IoT (Internet of Things) - nada mais é do que uma rede de objetos físicos incorporados a softwares e outras tecnologias, que possibilita o gerenciamento e compartilhamento desses dados de forma remota e digital.

Na área da saúde, o IoT já é amplamente utilizado e ganhou até mesmo um termo específico, chamado Internet of Medical Things (IoMT).

O monitoramento de doenças através de dispositivos digitais, por exemplo, é uma das principais tendências do uso de IoMT, por ser menos invasivo para os pacientes e mais prático para a equipe médica. Assim como o monitoramento da pressão arterial, por meio de smartwatches e smartbands, e medidores portáteis de glicemia em diabéticos, através de uma gota de sangue, que também são outras aplicações práticas do uso da “Internet das Coisas Médicas” no setor de healthcare.

Presente há muito tempo no dia a dia da medicina, a Inteligência Artificial (IA) é mais uma solução tecnológica que contribui para um trabalho mais ágil e dinâmico, tanto do ponto de vista dos profissionais da área, quanto dos pacientes. Os prontuários eletrônicos são um bom exemplo da utilização de IA na rotina do setor, bem como o uso de Big Data e machine learning, que possibilitam insights valiosos para áreas como de medicina preventiva, pesquisas e até mesmo diagnósticos.

Além da facilitação de processos cotidianos, cabe ressaltar que a utilização de IA garante maior segurança na organização e manejo de uma enorme base de dados sensíveis (como nome, RG, CPF, entre outros), os quais, sem o uso da tecnologia, estariam mais passíveis a fraudes ou até mesmo vazamentos.

Somado a isso, a otimização de recursos e processos gera uma redução significativa de custos para as instituições da área, como é o caso da telemedicina que, sem a barreira física, viabilizou o acesso ao atendimento médico para grande parte da população.

Segundo dados da pesquisa divulgada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic) em abril deste ano, pelo menos metade da população brasileira realizou serviços de saúde online nos últimos doze meses.

Informações do Conselho Federal de Medicina (CFM) ainda apontam que dois a cada três médicos consideram a telemedicina um método seguro e eficaz, e que metade dos profissionais afirma já utilizar tal recurso. Destes, quase 90% pretendem continuar com a prática mesmo após a pandemia.

Portanto, mais do que uma mudança operacional, é notável uma mudança, sobretudo, de prioridades e comportamento. O que nos ajuda a renovar as esperanças ao ver como a tecnologia tem sido usada para melhorar a qualidade de vida de tantas pessoas por meio de soluções robustas e seguras, que podem – e devem! – ser aplicadas em conjunto em um futuro cada vez mais próximo, resolutivo e digital, seja para prevenir ou remediar.

Arnaldo Takeuchi, especialista em desenvolvimento de negócios na área da saúde na Softtek Brasil, multinacional líder no setor de T.I. na América Latina.