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Estudo auxilia análise de dados em medicina

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- Shutterstock
Funções são úteis na análise de ocorrência e desenvolvimento de doenças, além de descobrir uma proporção das pessoas imune a eventos de interesse

Uma tese de doutorado desenvolvida na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP), pelo pesquisador Emílio Augusto Coelho Barros, desenvolveu um conjunto de técnicas estatísticas voltadas para o tratamento de dados médicos, considerando interpretação e tempo de ocorrência de eventos.

“Um tipo de informação bastante frequente em estudos médicos, em que este evento pode ser o óbito dos portadores de uma condição ou a recorrência de uma doença”, afirma o pesquisador. Barros é o autor da tese Modelagem em análise de sobrevivência para dados médicos bivariados utilizando funções cópulas e fração de cura, defendida no dia 30 de julho sob a orientação do docente do Departamento de Medicina Social da FMRP, Jorge Alberto Achcar, professor colaborador junto ao departamento de Medicina Social da Faculdade. A tese é o primeiro doutorado concluído no programa de Pós-Graduação em Saúde na Comunidade da FMRP.

Barros explica que as funções cópula são úteis na análise estatística de dados multivariados. “Podemos, por exemplo, modelar os tempos até da recorrência de uma infecção nos rins esquerdo e direito de um mesmo paciente”. Os estudos de Barros testou ainda a chamada “fração de cura”. Nesse modelo estatístico, é levada em consideração a proporção das pessoas que, em algum senso, é imune ao evento de interesse. “Em um estudo do tempo de sobrevida de pacientes com câncer, podemos ter uma fração de pessoas que foi curada da doença. Portanto, estas pessoas não morrerão devido ao câncer”, complementa.

Comunidade
O professor Edson Zangiacomi Martinez, coordenador do Programa de PG em Saúde na Comunidade da FMRP, conta que esse é continuidade do Programa de Pós-Graduação em Medicina Preventiva, que esteve em atividade de 1971 a 1999. Segundo a coordenação, o objetivo do antigo programa era incrementar a formação de médicos nesta área.

No ano 2000, o programa passou por ampla reformulação, com o intuito de oferecer uma formação multiprofissional a estudantes egressos de diferentes carreiras, envolvidos nas temáticas do processo saúde-doença. O novo Programa passou então a denominar-se “Pós-Graduação em Saúde na Comunidade” e, no seu início, foi oferecido apenas o curso de mestrado. Em 2011, esse novo curso passou a oferecer também o curso de doutorado.

Desde o ano 2000, 235 alunos defenderam o mestrado no Programa, que conta com 23 orientadores com formação em diversas áreas. Estão matriculados, atualmente, 35 alunos de doutorado e 53 alunos de mestrado.

O Programa possui cinco linhas de pesquisa: Estudos em Atenção Primária e Saúde da Família, Ciclo de Vida e Saúde, Epidemiologia e o Processo Saúde-Doença, Políticas, Planejamento e Gestão em Saúde e Métodos Quantitativos em Saúde.