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Como grandes hospitais se relacionam com startups

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Inovação em saúde na Kaiser permanente
John Mattison, da Kaiser Permanente, falou sobre inovação em saúde no contexto do relacionamento entre hospitais e startups. Para ele, o relacionamento atual pode estar equivocado em termos de contatos, expectativas e processos.

O processo de inovação em saúde deve ser diferente do padrão de processos de projetos. Se você está procurando por uma nova tecnologia e quiser, de fato, incorporá-la a sua instituição, você deve fazer rapidamente e isso significa quebrar as regras. Se você passar por toda a burocracia de aquisição de um novo projeto para a instituição, você não será mais inovador.

Inovação é parte do DNA e é ponto chave para a medicina, mas o fator de conservadorismo da área não permite que ela seja incorporada em uma velocidade em que deveria.

Há todo um processo de mentoria, acordos, conhecimento da estrutura do hospital para que uma inovação possa ser aplicada. Para uma startup consiga entender todo o workflow da organização, é necessário que seja dado um tempo de trabalho.

Quando a organização afirma que quer ser inovadora, é um ótimo passo, mas ainda é pouco. Conhecer como funciona, dedicar recursos da empresa para a implementação são alguns dos desafios e, para conseguir fazer tudo isso, e necessário encontrar pessoas que pensam fora da caixa. Se você é uma startup, deve procurar por gerentes de departamento ligados ao seu produto, porque o convencimento é mais facil que com um CEO ou CIO.

O setor de saúde nao possuiu um boom de contratação de desenvolvedores, como empresas de tecnologia fizeram. Os sistemas bancarios cresceram e apresentam inovação como core do negócio, mas a saúde não teve este processo e, além disso, possui um lado humano que nenhum outro setor pode ter comparação.

Na saúde, toda a mudança será apresentada em termos de big data e analytics e, neste âmbito, a cultura da propriedade de dados prejudica o atendimento. Em um mesmo hospital, por não haver compartilhamento, muitas vezes, os profissionais têm de duplicar anamneses e outros procedimentos, já que a informação não é compartilhada. Em proporções inter-hospitalares, é bastante difícil que isto aconteça. Segundo o palestrante, a impressão é de que os hospitais querem manter a informação para eles, segurando o paciente "à força”, em vez de escolherem oferecer o melhor cuidado.

Ele terminou a apresentação afirmando que não precisamos de um laboratório de um bilhão para inovarmos. Podemos fazer isso organicamente e, chamando as pessoas certas, iniciarmos uma inovação em saúde internamente.