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Como grandes líderes conseguem inspirar grandes ações?

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A maneira de sentirmos e transmitirmos a missão da empresa tem um peso fundamental no impacto que temos na vida do consumidor.

Há algum tempo, assisti uma palestra que me chamou muito a atenção. Tratava-se da apresentação de Simon Sinek sobre como grandes líderes sabem se comunicar e inspirar as pessoas ao redor para que grandes metas fossem alcançadas e, mais importante, que as empresas continuassem se desenvolvendo em suas formas mais inovadoras.

Naquele momento, o vídeo fez bastante sentido para mim, mas não me atentei a alguns detalhes e, ontem, fui apresentada a este vídeo novamente. Certamente, o que mudou foi meu contexto e a minha possibilidade de encontrar pontos relacionados entre o vídeo e minha vida profissional. Simon hoje fez ainda muito mais sentido.

Para ele, alguns líderes têm aspectos em comum que atingem multidões e fazem pessoas comparecerem a seus discursos, comprarem seus produtos e, o mais importante, acreditarem no seu propósito. No dia a dia, o que Simon quer dizer é que você não deve se preocupar em passar a mensagem do que deve ser feito, mas do porquê. Seu time deve entender isso, seus clientes devem entender isso e, mais do que entender, deve ser sentido que você é inovador, é autêntico, é leal.

Steve Jobs, Martin Luther King e os irmãos Wright foram os exemplos usados por ele. Alguns outros grandes empresários e estudiosos tinham ideias muito parecidas com a destes três indivíduos e até condições associadas muito melhores: mais dinheiro, mais networking, mais background teórico. Mas, então, por que eles realizaram esta tarefa e os outros não?

Atualmente, as pessoas têm procurado características peculiares em marcas. Elas querem que sua marca seja confiável, leal, surpreendente e querem que você alimente estas expectativas da maneira correta. Tais pessoas estão dispostas a se comprometerem com a sua marca, caso você as faça acreditar no que você acredita. E o mesmo vale para o time. Se você tem um propósito, faça as pessoas ao seu redor acreditarem nele e se colocarem à disposição de lutar por ele em todas as horas do seus dias. Às vezes, um indivíduo está assistindo um filme e identifica uma maneira de realizar algo no trabalho que não estava evoluindo. Isso só acontece por causa do comprometimento de cada parte do time para um aspecto maior, para uma cultura organizacional criada e vivenciada, sem valores colocados na parede e impressos no material de divulgação.

Voltando ao vídeo, segundo Simon, algumas pessoas têm o dom da comunicação alinhada ao círculo dourado. Neste círculo, estão o porquê, o como e o o que e, para Simon, todas as empresas sabem o que fazem, algumas empresas sabem como fazem e pouquíssimas empresas sabem o porquê de estarem fazendo aquilo. A ideia é bastante simples, mas nos mostra que, se nos ligarmos a uma marca de forma a acreditar na sua missão, não importa o que eles façam, nós vamos confiar na missão da marca e comprar o produto.

Vamos seguir a lógica: para vender computadores, se a Apple fosse igual a todas as outras empresas, o comercial deles seria “Nós fazemos ótimos computadores. Eles possuem um design muito bonito, são simples de serem usados e user-friendly. Quer comprar um?” A nossa reação seria bem parecida com a que temos com todas as outras empresas “meh.”

No entanto, o que faz do mundo maluco pelos produtos da Apple é a forma de passar a mensagem, sendo da seguinte forma: “Tudo o que fazemos é por que acreditamos em desafiar o status quo. A maneira que encontramos de fazer isso, é tendo um design bonito, criando produtos simples de serem usados e user-friendly. No final, acabamos fazendo grandes computadores”. Isso faz com que passemos a ter uma identificação com a missão de pensar diferente e de desafiar o status-quo. Acabamos comprando os produtos da marca (obviamente atrelados a outras características de qualidade, mas que também podem estar presentes em outras empresas).

Se pensarmos em um contexto interno, a mesma lógica vale. Empresas comuns sabem o que fazem, sabem como fazem (às vezes), mas raramente entendem a missão por trás daquele trabalho. Isso leva a resultados ordinários e pouco criativos. Se todo mundo sabe o porquê de todo o esforço, o trabalho flui de maneira diferente e não importa se o produto vai ser o mesmo ou não, o que faz diferença é alcançar a meta de efeito, de propósito. Parece uma liberdade pequena, mas, no fim das contas, isso cria uma empresa mais criativa, mais aberta a novas possibilidades (e não simplesmente presa a processos) e mais apaixonada pelo trabalho feito.

Acho que vale a pena pararmos para pensar nos porquês de tudo o que fazemos, mudando nossa maneira de levar todos os dias e até facilitando os momentos mais difíceis que aparecem na rotina.

O vídeo segue abaixo:

[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=u4ZoJKF_VuA[/youtube]

TAG: Liderança