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Com mais de 2 mil participantes, 7ª Healthcare Innovation Show (HIS) discutiu as principais novidades da tecnologia aplicada à saúde

Article-Com mais de 2 mil participantes, 7ª Healthcare Innovation Show (HIS) discutiu as principais novidades da tecnologia aplicada à saúde

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Avanços e tendências tecnológicas nos hospitais, transformação digital da saúde e a ampliação da oferta das terapias digitais estiveram entre os tópicos tratados pelo evento.

Ao abordar os temas mais urgentes da tecnologia voltada à saúde, o 7o Healthcare Innovation Show (HIS) atraiu mais de dois mil participantes que assistiram entre 21 e 23 de setembro a uma maratona de 55 apresentações, entre painéis de debates, industry talks, keynotes e entrevistas. As exposições de mais de 110 especialistas do Brasil e do Exterior, entre profissionais de saúde, gestores, executivos e acadêmicos, tiveram 7.464 visualizações. A média de avaliação do conteúdo ficou entre 4,8 a 5 pontos.

“A sétima edição do HIS foi um verdadeiro sucesso! Pela segunda vez consecutiva, o evento foi realizado de modo totalmente digital em uma plataforma que, além do excelente conteúdo, trouxe a oportunidade de um networking incrível”, comemora Eduardo Barros, diretor de Marketing da Informa Markets. “O HIS 2021 mostrou que uma edição digital pode ser interativa, engajar e gerar negócios. Ano a ano estamos evoluindo em nossa entrega, inovando nos formatos de conteúdo e modelo de entrega. A edição de 2021 mostrou o quanto o evento digital possibilita o acesso de todas as regiões do Brasil. Ficamos muito felizes em ver uma grande participação de fora de São Paulo. E isso reforça que a junção do físico com o digital irá potencializar o alcance e permitir que mais profissionais tenham acesso à informação de qualidade para auxiliar na tomada de decisão dos negócios”, completa.

Como um grande espetáculo, 7o HIS reuniu ao longo de três dias dez trilhas: Empregadores, CEO Summit, Game Changers, Estratégia de Negócios, CIO Summit, Inovação no Cuidado, Facilities Summit, Home Care Innovation, Healthtechs Summit e Especial MV. “Foram mais de 50 horas de conteúdo focado em tecnologia e inovação apresentado por grandes nomes nacionais e internacionais”, afirma Juliana Vicente, gerente de Marketing da Informa Markets. “O HIS manteve seu título de evento de tecnologia mais importante do setor. Durante 3 dias de evento reunimos os maiores nomes em inovação nacionais e internacionais para discutir questões relevantes e trazer soluções para o setor. Desta forma, fortalecemos nosso compromisso em criar conexões e ampliar o acesso ao que há de mais atual em tecnologia e inovação na saúde”, completa.

O encontro contou com o patrocínio premium da Wolters Kluwer, além  das marcas e startups: ASQ, Bionexo, Carefy, Certisign, Conexa, Digisystem, Docusign, Docway, H Stratner, Harpia, Infor, Intersystems,  Klivo, MV, Maida Health, Mastercard, MedSenior, Microsoft, Nilo Saúde, Philips, Saúde ID , Strattner, Softtek, Outsystems e  Up Flux. 

Terapias digitais

A intensificação do uso das terapias digitais foi um dos temas abordados no evento. Por causa da pandemia, as pessoas em isolamento social recorreram a essas ferramentas para cuidar melhor da saúde, prevenir e identificar doenças e tratar da saúde mental. “Talvez estejamos entrando na era em que o próprio paciente, ou seus familiares, farão o ‘residential self-care’ utilizando insumos digitais para suporte a saudabilidade”, pondera Guilherme Hummel, coordenador científico do evento.

No Reino Unido, um programa digital de combate à obesidade dá apoio virtual, educação e ferramentas para mensurar o peso, as práticas alimentares e os exercícios físicos. O sucesso do programa,  que é utilizado há anos pelo sistema de saúde britânico, o National Health Service (NHS), foi narrado pela  médica Elizabeth Stephenson, Joint Heads of Prevention NHS England & NHS Improvement, que participou do HIS.

O painel abordou ainda uma plataforma britânica, que usa inteligência artificial para analisar a fala e identificar doenças neurológicas, incluindo estágios iniciais de Alzheimer e Parkinson.  E tratou de terapias digitais para a saúde mental como um programa digital, nos Estados Unidos, que oferece serviços a distância com terapeutas e psiquiatras para o paciente lidar com depressão, esgotamento e ansiedade.

Quebrando as paredes do design

O 7º HIS abriu um espaço privilegiado para as discussões sobre os hospitais que, por causa da pandemia, tiveram de revisitar seus processos. “Um bom exemplo é o conceito do hospital sem paredes, que passou a ser uma premissa, após a crise sanitária. O método construtivo criado a partir deste conceito prevê uma estrutura flexível, que permite mudar quartos em unidades de terapia intensiva (UTIs), enfermarias em quartos, salas de espera em unidades”, explica o consultor Marcelo Boeger, moderador do painel sobre o assunto.

A renovação hospitalar passa também pela tecnologia.  Na pandemia, robôs foram usados para descontaminar alas usando raios ultravioletas do tipo C.  Carrinhos robôs autônomos - que fazem o transporte vertical para coleta de resíduos, enxoval sujo e transportam carrinhos de alimentos e distribuem roupas limpas nos andares - estão consolidados há pelo menos dez anos em vários países. E a aplicação de sistemas robóticos em hospitais só tende a crescer.

A voz como próxima fronteira de interação

O uso da fala em aplicativos, sensores e ferramentas para detectar e monitorar doenças foi tema de painel moderado pela fonoaudióloga e consultora Nathália Nunes. O debate mostrou que a qualidade da voz é um sinal de saúde e sua avaliação pode identificar indícios da covid-19 e outras doenças respiratórias como asma e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e de distúrbios neuromotores e neurodegenerativos como Alzheimer e Doença de Parkinson. Também pode detectar depressão, esquizofrenia e outros transtornos de saúde mental, além de doenças cardiovasculares como insuficiência cardíaca e doença arterial coronariana.

Para realizar esta análise as terapias digitais usam biomarcadores vocais, estabelecidos após a análise das características do discurso. “A linguagem, a fala e o uso da voz são fenômenos complexos que resultam da coordenação entre a função cerebral e pulmonar, estando associados a muitos processos neurológicos e fisiológicos”, afirma Nathália Nunes. Por essa razão, as alterações nos padrões de fala podem indicar problemas de saúde.