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Senado debate saúde dos idosos no Brasil

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Em 7 de março, Brasília será palco para debates sobre a saúde dos idosos brasileiros

Atualmente, o Brasil tem mais de 20 milhões de idosos, sendo mais de cinco milhões com idade superior a 75 anos. No entanto, com o aumento da expectativa de vida surgem problemas próprios do envelhecimento. Cerca de 30% dos idosos morrem de doenças cardiovasculares, sendo importante discutir esse cenário que impacta no sistema de saúde do país.

Com o objetivo de discutir “O Envelhecimento e as Políticas Públicas de Atenção à Saúde na Alta Complexidade Cardiovascular” destinada aos idosos, a Sociedade Brasileira de Cardiologia Intervencionista (SBCI) e a Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV) reunirão um grupo de especialistas de diversas áreas para debater sobre o tema do Fórum, que acontecerá no Auditório Senador Antônio Carlos Magalhães,  Interlegis, no Senado Federal, em dia 7 de março, em Brasília, Distrito Federal.

A SBCI tem defendido a ampliação do acesso dos idosos aos tratamentos de alta complexidade cardiovascular, os procedimentos intervencionistas por seu caráter minimamente invasivo são muito apropriados para esses enfermos. “Há doenças cardíacas comuns em idosos, em especial, será debatido a estenose aórtica, doença que atinge 1 em cada 20 idosos acima de 75 anos, cujo tratamento tradicional é a substituição cirúrgica da válvula estreitada”, ressalta o Dr. Marcelo Queiroga, cardiologista intervencionista e coordenador do evento. Tradicionalmente se faz a substituição da válvula por intermédio de uma cirurgia de peito aberto, mas em face do risco elevado de intervenção cirúrgica tradicional nessa faixa etária novas terapias tem sido propostas. Dentre essas técnicas, destaca-se o TAVI, o qual consiste no implante de uma válvula artificial por técnicas de cateterismo cardíaco, por ser um método bem menos invasivo, é muito aplicável nos idosos. O TAVI já é aprovado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) desde 2012 e pode ser empregado regularmente no Brasil, mas a cobertura pelo sistema único de saúde (SUS) ainda não é obrigatório. A SBCI e SBCCV defendem que esse tratamento tenha cobertura obrigatória no SUS e na saúde suplementar.

O evento será uma promoção conjunta da SBHCI e SBCCV (Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular) com o apoio da Sociedade Brasileira de Cardiologia. O evento também tem o apoio da Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) e do Instituto Lado a Lado pela Vida.

Na programação do evento estarão presentes: Ministro Superior Tribunal de Justiça Reynaldo Soares da Fonseca; Senador Acir Gurgacz (PDT/PR); Senador Cássio Cunha Lima (PSDB/PB); Senadora Ana Amélia (PP/RS); e também os deputados Pedro Cunha Lima, deputado federal da Paraíba (PSDB/PB); Hugo Motta, deputado federal da Paraíba (PMDB/PB) e Mariana Carvalho, deputada federal de Rondônia (PSDB/RO). A Dra. Martha Oliveira, diretora da Agência Nacional de Saúde Suplementar, também integra a programação do encontro.

Ainda se destacam: Dr. Marcelo Cantarelli, presidente da SBHCI; Dr. Marcelo Queiroga, coordenador do evento; Dr. Dimytri Siqueira, Diretor de Intervenções Extracardíacas da SBHCI; Dr. Pedro Alves Lemos, membro da comissão científica da SBHCI; Dr. Honório Palma, Professor da disciplina de Cirurgia Cardiovascular da UNIFESP; Dr. Gilson Feitosa, ex-presidente da Socidade Brasileira de Cardiologia e Professor Titular Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública; Professor Alberto Amaral Júnior,Professor Livre docente da USP; Dr. Eduardo Nagib Gaui, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia; Dr. Renault Mattos, Diretor da SBC e Dr. Denizar Viana, Professor de Clínica Médica da UERJ. O Dr. Rui Campante Teles, presidente da APIC, convidado internacional, enfocará a temática com ênfase na realidade de Portugal.

Durante o evento, serão discutidos, também, novos modelos de remuneração para procedimentos de alta complexidade cardiovascular, nos quais seja contemplado o risco compartilhado entre a indústria, prestadores e operadoras de planos de saúde. Novas modalidades de remuneração visam tornar mais previsíveis os custos dessas novas terapias. “Esse fórum pretende discutir a temática e propor alternativas para os gestores de saúde e parlamentares que tem se empenhado em propostas legislativas em prol dos idosos brasileiros” ressalta Queiroga.