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3 áreas promissoras para o big data em saúde

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Sensores e dispositivos móveis ampliam possibilidade de coleta de dados, mas uso ainda esbarra em questões éticas e organizacionais

Em 2014, os principais fundos de venture capital dos Estados Unidos destinaram US$ 4,1 bilhões às startups de saúde digital, sendo US$ 393 milhões para projetos de big data e analytics, segundo a aceleradora Rock Health. A tendência de coletar e analisar dados, largamente utilizada nas redes sociais, é cada vez mais vista na saúde, impulsionada pelos dispositivos móveis e sensores, que tornam mais fácil a inserção e guarda de informações sobre as condições físicas dos indivíduos.

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Nos Estados Unidos, o governo Obama anunciou um investimento de US$ 215 bilhões para o programa de “medicina de precisão” (precision medicine, em inglês) – com o objetivo de construir uma base de dados que contenha informação genética, registros médicos e outros dados sobre mais de um milhão de americanos.

Um dos setores mais promissores é o de oncologia, com tratamentos caros, com muitos efeitos adversos e que, por vezes, não conseguem levar à cura. Com a coleta e análise rigorosa de dados, seria possível avançar para a medicina personalizada, indicando medicamentos de acordo com o perfil do paciente e não somente da doença.

Outra área que já é objeto de estudos é a do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), com a substituição dos arquivos em papel ou digitalizados, que ocupam grandes espaços e dificultam a transferência e atualização das informações. A ideia é que, com sistemas integrados, o histórico do paciente esteja sempre disponível, independentemente do local. Esses dados mais sistematizados também ofereceriam novas possibilidades para as pesquisas científicas.

Por fim, a Internet das Coisas (IoT - Internet of Things, em inglês), com seus sensores, será capaz de coletar dados dos indivíduos ou gerar alertas sem que seja necessária alguma ação do usuário de um determinado dispositivo.

Se as possibilidades são muitas, os desafios também não são pequenos. A começar pelo dilema ético da confidencialidade das informações clínicas e a capacidade das instituições de preservá-la em seus sistemas, passando pela baixa quantidade e qualidade dos dados coletados, que impede estudos epidemiológicos representativos.

Outros pontos levantados pelos especialistas são o alto custo, a interoperabilidade e a falta de mão de obra especializada em Business Intelligence (BI).

Apesar disso, esse movimento não deve parar. Se, em 2012, o big data em todo o mundo consumia US$ 6,3 bilhões, a expectativa para 2018 é de US$ 48,3 bilhões, com a saúde entre as principais áreas para o desenvolvimento de novos projetos.