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4 pilares em progresso depois do Obamacare

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Conheça o status do sistema de saúde americano depois da intensa reforma preconizada pelo Affordable Care Act

Os frutos do Affordable Care Act (ACA), maior projeto de mudança do sistema de saúde americano, conhecido também como Obamacare, estão sendo colhidos e novos planos tanto governamentais quanto empresariais estão a todo vapor. Em seu último post, o economista André Medici comenta sobre a ampliação da cobertura de seguro-saúde nos EUA.


Estima-se que, no último ano, cerca de 10 milhões de pessoas foram adicionadas à lista dos que tem seguro de saúde. O cenário começa a ser encarado como oportuno para a remodelagem completa do modo de prestar assistência à sociedade, o que certamente serve de exemplo para os problemas estruturais que o Brasil também enfrenta.

 
O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA (
Department of Health and Human Services - HHS), principal órgão do governo de proteção à saúde, trabalha em torno de quatro importantes e interdependentes caminhos: uso de incentivos para motivar modelos de pagamentos alternativos baseados na entrega de valor ao paciente; mudança na maneira de prestar o cuidado construindo equipes integradas; informação estruturada para a tomada de decisões clínicas; e coordenação mais eficaz dos prestadores e maior atenção em torno da saúde populacional. 


Alguns progressos em andamento, segundo HHS:

Modelo de pagamento
-Maioria do modelo “fee for service” aplicado no sistema Medicare já tem correlações com métricas de qualidade e valor. O objetivo é que 85% dos pagamentos “fee for service” sejam migrados para modelos alternativos baseados em qualidade e valor até 2016, e 90% até 2018. 


Para isso, o HHS trabalha na construção de um ambiente em que os hospitais, médicos e outros prestadores possam ser recompensados pela qualidade do serviço prestado e tenham os recursos e a flexibilidade para fazê-lo. Estão sendo criados uma série de novas instituições e acordos de pagamentos destinados a conduzir o sistema nessa direção. 


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Mudança na prestação
-Há um plano nacional para reduzir readmissões hospitalares no prazo de até 30 dias após a alta, para encorajar os hospitais a melhorar o cuidado de transição e coordenar melhor a prestação ambulatorial. Serão investidos mais de $800 milhões para suportar 150 mil médicos e outros profissionais para o desenvolvimento de habilidades e ferramentas para essa melhoria, tanto para o programa Medicare quanto para o Medicaid.


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Informação como suporte para decisões clínicas
-O Obama coordena a maior iniciativa de TI em Saúde dos EUA - com foco na adoção de Prontuário Eletrônico e nos incentivos para os registros eletrônicos de saúde certificados, preconizados pelo programa “Meaningful Use”. A proporção de médicos norte-americanos usando prontuário eletrônico (EHRs) aumentou de 18% para 78% entre 2001 e 2013, e 94% dos hospitais também relatam o uso de prontuários certificados. 


Em curso ainda estão os esforços para a interoperabilidade através do alinhamento das normas e práticas de TI em Saúde com a política de pagamento de modo que os registros dos pacientes estejam disponíveis quando necessários para a tomada de decisões clínicas. 


Transparência
HHS assumiu o compromisso de aumentar a transparência no mercado americano. Por exemplo, o site do Medicare permite aos consumidores comparar dados sobre custos e qualidade de serviços assistenciais, permitindo escolhas mais informadas por parte dos consumidores tanto em relação a prestadores quanto a planos de saúde.

Avanços em geral

  • Segurança Hospitalar aumentou entre 2010 e 2013, período do Obamacare: 1,3 milhão de eventos adversos a menos e 50 mil mortes evitadas 
  • Crescimento dos custos com saúde atingiu o mínimo histórico de 2% ao ano por beneficiário, entre 2010 a 2014
  • Mais de 7 em cada 10 pessoas que se inscreveram no novo mercado de seguros de saúde disseram que a qualidade de sua cobertura está excelente ou bom

*Com informações do New England Journal of Medicine e agências internacionais