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500 mil pessoas perderam seu plano de saúde! E agora?

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Impressionante descobrir agora pela manhã (20/10), que quase meio milhão de pessoas perderam seus planos de saúde, apenas nos primeiros sete meses do ano. O número de usuários de planos de saúde caiu de 50,69 milhões para 50,19 milhões, na maior queda já registrada nos últimos dez anos. Os usuários de planos de saúde vinham em crescimento nos últimos cinco anos e a queda reflete o crescimento do desemprego no Brasil.

Das 492 mil pessoas sem plano de saúde, a maioria tinha plano empresarial e perdeu seu plano fruto das demissões.

O que esta mudança significa para as empresas ? Ou mais importante, o que temos a dizer a estas pessoas que agora dependem do nosso Sistema Único de Saúde (SUS)? Sejam bem-vindas a um sistema de saúde precário, com acesso cada vez mais difícil? Esperamos que vocês tenham aproveitado bem o tempo que vocês tiveram plano de saúde.

O papel de um governo é dar condições para que a população melhore suas condições de vida e possa diminuir sua dependência em relação ao Estado, dada a sua prosperidade. O Estado deveria dar suporte, apenas a uma minoria da população, que não tem condições de se sustentar.

Não é isso que estamos vendo, o estado brasileiro parece ter orgulho de ter cada vez mais gente dependendo dele, dividindo um bolo em fatias cada vez menores. O grande problema é que esta cada vez mais difícil produzir no Brasil, sendo que todos estão sentindo o papel da crise, seja pela maxidesvalorização cambial, que atingiu 48% nos primeiros dez meses do ano, pela crise política, que impede o país de olhar para a frente, ou pela retração nas vendas, que tem afetado os mais diferentes setores da economia.

E para quem tem seus custos parcial ou totalmente atrelados ao dólar, segurar o avanço destes custos e evitar o repasse para os clientes finais, passa a ser um grande desafio, especialmente para aqueles que atuam no setor saúde.

Olhando para frente, espero mais pessoas perdendo o seguro-saúde, número que pode chegar a 1,5 milhão de pessoas, caso a crise persista até o fim de 2016. Neste caso, o triste é não ter um Sistema Único de Saúde digno para receber estas pessoas.

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Fonte: Com informações do Jornal O Globo, 19/10/15