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Com JCI, Icesp impulsiona Hospital das Clínicas rumo às acreditações

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- Divulgação
Capacitação no manual da Joint Commission consumiu 126 horas e R$ 400 mil

Bastante jovem quando comparado às tradicionais instituições que integram o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, ou simplesmente Icesp, nasceu há sete anos já carregado de responsabilidades. Ele foi desde o início concebido para ser um centro de referência internacional em oncologia, o que inclui atributos como qualidade e segurança do paciente.




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E que forma melhor de medir tais qualidades se não através das acreditações? De início o Icesp optou pelo selo da Organização Nacional de Acreditação, a ONA, obtido em nível I no ano de 2010 e nível II em 2013. Diante da maturidade institucional, o hospital decidiu alçar voos maiores.

“A vontade era buscar uma forma de certificar o caminho que estamos percorrendo”, explica Marisa Madi Coletta, diretora executiva do Icesp, primeira instituição do Sistema Único de Saúde (SUS) na capital paulista com o selo da Joint Commission International (JCI). “Um hospital que tem uma acreditação internacional é visto de outra forma pelos órgãos de fomento e parceiros de pesquisa.”

Para a executiva, o processo de obtenção tanto dos selos da ONA como o da JCI (que levou dois anos) trouxe de maneira geral uma melhoria importante nos processos e suas integrações, bem como uma visão cada vez mais clara da segurança dos pacientes. E os ganhos de assistência também são sentidos nos processos de pesquisa e de ensino.

“O mais encantador deste processo, que é difícil, não é fácil, e exige uma constância de propósito, uma insistência e uma crença de que isto realmente vai auxiliar o hospital, é que se trata de um caminho de progressão constante”, pondera Marisa. “Você consegue observar o amadurecimento dos processos e das pessoas.”

Primeiro, explica a gestora, a equipe se esforça para conseguir a acreditação, e só aos poucos entende as exigências da certificadora. Assim, o que era um mero cumprimento de requisitos se torna um processo de melhoria constante, “porque os conceitos são incorporados pelas pessoas, nos procedimentos, na operação”, ou, como bem resume Marisa, “entra em uma roda que não precisa mais de tanto incentivo, entra na cultura institucional”.

Outro ganho importante observado é a integração das áreas, pois elas deixam de ser vistas como entes isolados quando o foco repousa sobre os processos. “O caminho do paciente vira referência.”

PROCESSO E FUTURO
A CBA foi a consultoria credenciada para avaliar o Icesp na obtenção da JCI. A entidade ministrou cursos de capacitação do modelo de acreditação e fez auditorias preparatórias, inclusive com simulados da visita oficial. Foram cerca de 126 horas de treinamento para capacitar cerca de 50 pessoas no manual da JCI, ao custo de R$ 400 mil.

“O restante do trabalho, que é o principal, desenhar processos, mudanças, treinamento, segurança do prédio, plano de evacuação, treinar as pessoas, simulados etc, ficou por conta do nosso próprio pessoal. O que nos deixa muito mais orgulhosos, porque dá um trabalhão”, comemora Marisa.

O custo, menos de R$ 17 mil por mês durante o período de preparação, é considerado pequeno pela gestora, dado o tamanho do Icesp. O problema, segundo ela, é que o retorno financeiro ainda não é medido pela instituição, ou quanto cada medida melhora o processo e reduz custos. Para 2015, a ideia é, além de melhorar ainda mais os processos, medir seus impactos financeiros.

“Acredito que é bem maior que R$ 16 mil”, diz Marisa, se referindo ao gasto mensal com o processo de acreditação.
De toda forma, já é possível observar que o caminho do Icesp rumo às acreditações está trazendo na rabeira outras instituições que compõe o HC. “Três institutos com ONA I, mais três se preparando, alguns se preparando para ONA II”, conta a gestora. “Cada novo instituto integra uma tecnologia que acaba incorporada. Isso mantem o HC uma instituição de excelência, sempre se renovando a partir das novas demandas de saúde.”


*Para ler a revista Saúde Business, que traz o estudo completo “Referências da Saúde 2014”, CLIQUE AQUI