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Como os CFOs podem apoiar melhor os diretores do conselho - e vice-versa

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Closeup of businesspeople about to put four puzzle pieces together

É comum que os CFOs sejam taxados como responsáveis por fornecer informações de alta qualidade para o conselho sobre a situação financeira da empresa e assegurar que o planejamento e gerenciamento da organização estão seguros financeiramente para projetos, a curto e longo prazo, bem como que a empresa permaneça apta para crescer e evoluir. Mas esta é somente uma parcela das suas responsabilidades. De acordo com o Chartered Institute of Management Accountants (CIMA), o CFO é o guardião da integridade e rigor de toda a informação de gerenciamento, tanto financeira quanto não financeira. Além disso, é ele quem decide os tradeoffs e quem cuida da integração e compreensão de todas as informações dos diferentes setores com a finalidade de gerar valor para a empresa.

No final do dia, os negócios são instigados pelos ganhos e o conselho espera transparência sobre o desempenho geral do negócio e sua operação. Já que os CFOs estão empenhados em trazer valor para negócio, nada mais justo que os laços entre essa posição e o conselho se estreitem. Segundo uma pesquisa da McKinsey, existe uma forte conexão entre a eficácia do conselho e o desempenho financeiro da instituição. O estudo, que aborda um dos temas mais discutidos em governança coorporativa aponta que há benefícios para uma boa dinâmica entre os diretores e conselheiros. Nessa configuração, há uma fluidez maior no entendimento da estratégia da empresa e definição de contexto na apresentação de resultados financeiros do passado e guia nas previsões de desempenho futuro.

Geralmente, os membros do conselho são profissionais de alto valor e tempo limitado. Para garantir a melhor utilização deste recurso, os CFOs devem planejar suas discussões estratégicas com certa antecedência. Os relacionamentos são mais eficazes quando há um papel ativo na discussão do conselho. Isso permite que o CFO envolva-se mais produtivamente nas alternativas sugeridas e caminhos possíveis da empresa. Os membros do conselho também podem compartilhar sua experiência, e por vezes, otimizar alguns processos do CFO, contribuindo para o resultado da empresa. Quanto maior o envolvimento, maior a chance de saber exatamente as necessidades e dúvidas do conselho, melhorando a assertividade no fornecimento de informações para conectar dados a decisões estratégicas e operacionais.

O que muito se vê são reuniões de conselhos com enxurradas de informações, mas nenhuma informação é útil a não ser que possa ser analisada e reportada o seu impacto. O CFO, como braço direito do CEO deve ter um peso de influência sobre quais dados comunicar e como será o seu formato para melhor atender às necessidades do conselho. Cada movimento vem com um risco, o importante é avalia-lo e ser capaz de argumentar porque a recusa ou aceite de cada projeto ou decisão de informação. A contribuição do CFO também cria clareza para o conselho na alocação de recursos e prioridades na organização.

Além de olhar para dentro da empresa, passar pelos resultados com o conselho e explicar as variações em relação à outros períodos, um CFO deve normalizar seus resultados com o mercado. Um crescimento de 15% orgânico pode não ser tão animador quando comparado ao desempenho de 35% de concorrentes. A avaliação estratégica do desempenho dos pares pode ser tão simples quanto observar a variação do preço da ação, crescimento ou expansão de margem. Esses insights colaboram para que todos da equipe executiva tenham o mesmo foco e saibam das condições tanto da empresa quanto do mercado no qual estão inseridos para trazer soluções.

De uma perspectiva unificada, quando todos trabalham juntos, há menos chances dos CFOs se sentirem frustrados ou sobrecarregados. Isso evita situações dispendiosas no departamento financeiro por falta de comunicação ou direcionamento. A comunicação clara é chave para o desenvolvimento de relacionamentos respeitosos e confiáveis entre as partes.

Toda carga de responsabilidades do CFO permite que o CEO se concentre em outras prioridades e receba análises mastigadas para fomentar planos e discussões sobre aquilo. A perspectiva é que as responsabilidades dos C-levels cresça, ultrapasse a supervisão tradicional e se envolvam em questões estratégicas de planejamento, operações, riscos e tecnologia. E que cada vez mais acelerem seu próprio desenvolvimento e absorvam a experiência do conselho devido ao trabalho conjunto.