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Depois de liberado pela Anvisa, HCor usa stent bioabsorvível

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- Divulgação
Material, utilizado para desobstruir artérias, é eliminado gradativamente pelo organismo e reduz chances de novas obstruções nos vasos



Largamente utilizados na Europa, o stent bioabsorvível sai das mesas de estudos brasileiras para as mesas cirúrgicas. Com a aprovação deste tipo de stent pela Anvisa no final do ano passado, que funcionam como próteses feitas de um plástico (um polímero) biológico, o Hospital do Coração (HCor) se antecipou e já realizou o primeiro implante em um paciente com três artérias coronárias obstruídas.

Até então essa tecnologia, que se transformada em água e dióxido de carbono dentro do corpo, com objetivo de deixar os vasos livres das placas de gordura, estava sendo estudada há anos pelo HCor, Hospital Israelita Albert Einstein, no Instituto Dante Pazzanese e no Instituto de Cardiologia do Triângulo Mineiro, em Uberlândia/MG.

Para Eduardo Sousa, responsável pelo Serviço de Hemodinâmica do HCor, a reabsorção desses stents começa seis meses após o implante e desaparece em até dois anos sem deixar qualquer sinal do seu uso prévio. “Um dos efeitos do uso desse polímero é a diminuição do risco da formação de coágulos no local do stent, que é introduzido por meio da angioplastia, em pessoas com obstrução nas artérias. Inserido no vaso obstruído, ele permite a normalização do fluxo sanguíneo e diminui o risco de doenças como o infarto”, esclareceu Sousa em comunicado.

Embora o stent bioabsorvível tenha muitas vantagens sobre os stents metálicos farmacológicos, Sousa acredita que os dispositivos utilizados atualmente não deixarão de existir conforme o novo stent for ganhando espaço na prática médica.

"Há algumas situações em que os stents metálicos ainda são melhores, especialmente em casos de intervenções em vasos muito pequenos e tortuosos. Isso porque os dispositivos metálicos ainda são muito mais finos do que os bioabsorvíveis.  Com o tempo, os bioabsorvíveis se tornarão uso padrão em grande parte dos casos, especialmente em pacientes mais jovens ou com outros problemas de saúde, como o diabetes, que fazem com que a doença progrida muito mais rapidamente”.