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Ebola já matou 4.922 pessoas, diz OMS

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- Agência Brasil
Número de infectados já passou de 10 mil em oito países. No Brasil, ministro da Saúde descarta risco global

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que quase a metade das pessoas infectadas por ebola, em oito países, morreram. São 10.141 infectados e 4.922 mortos, segundo o novo balanço divulgado no sábado (25). Na última quarta-feira, a OMS tinha divulgada que o número de infectados era 9.936 e o de mortos, 4.877.

No total de infectados, 4.655 estão na Libéria, 3.896 em Serra Leoa, 1.553 em Guiné, 20 na Nigéria, quatro nos Estados Unidos, um no Senegal, um na Espanha e um no Mali. A Nigéria e o Senegal foram declarados livres do vírus há uma semana.

A OMS indica que, em sete meses de surto, 450 profissionais de saúde foram infectados e 244 morreram.

O atual surto de ebola é o mais extenso e prolongado desde que o vírus foi descoberto, em 1976. No dia 8 de agosto, a OMS decretou estado de emergência de saúde pública de alcance mundial e fez um apelo para que a comunidade internacional se mobilize para combater a epidemia na África.

Sob controle
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse na sexta-feira (24) que a disseminação do vírus ebola não ocorrerá de forma maciça pelo mundo. Ele reafirmou também que a chance de a doença chegar ao Brasil é muito pequena.

“A disseminação maciça pelo mundo não acontecerá. Não [há] nenhuma autoridade sanitária, nem na Organização Mundial da Saúde [OMS], nem na universidade, nem nos países, que reconheça que estamos vivendo um risco iminente de disseminação do ebola. Hoje, a epidemia está restrita aos três países da áfrica ocidental [Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri]”, disse o ministro, após participar de evento de incentivo ao parto normal em hospitais privados.

De acordo com o Chioro, Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri enfrentam uma situação precária de combate à doença: “eles têm o sistema de saúde destruídos, caóticos, saíram de guerra civil, pobreza imensa, e uma dificuldade [financeira] muito grande, precisando de ajuda internacional”, salientou.

Isolamento
As autoridades australianas anunciaram na segunda-feira (27) a suspensão dos movimentos migratórios de países afetados pelo vírus ebola na África Ocidental, de forma a prevenir a chegada da doença ao seu território.

Com a decisão, anunciada pelo ministro da Imigração, Scott Morrison, será suspensa a emissão de vistos para pessoas procedentes dos países afetados pela doença, depois de uma jovem de 16 anos, oriunda da Guiné-Conacri, ter ficado isolada por receio de ser portadora do ebola.

"Essas medidas vão suspender temporariamente o programa migratório, incluindo o programa humanitário, destinado a pessoas dos países afetados pelo ebola", disse Morrisson.

Ele acrescentou que as pessoas a quem já foi garantido o visto poderão viajar para a Austrália, embora o plano de contingência vá obrigar a realização de vários exames e cuidados adicionais a fim de evitar a propagação do vírus.

Em comunicados anteriores, a OMS criticou países que adotaram medidas semelhantes à da Austrália. Segundo a organização, a medida é ineficaz e piora a situação dos países mais afetados.