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Entrada de capital estrangeiro deve fomentar criação de PPPs, diz PwC

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Patrick Figgis, Líder Global de Saúde da PwC, fala sobre entrada de capital estrangeiro e as possibilidades neste novo cenário.

Em geral, o que vemos nos sistemas de saúde é um aumento de custos e uma necessidade de reforma para um modelo que atenda os pacientes com maior eficiência e permita que o sistema como um todo seja sustentável. Neste contexto, muitos governantes ao redor do mundo estão preocupados com o aumento do acesso, da qualidade e com a redução dos custos da atenção à saúde. É o caso dos Estados Unidos, com a reforma liderada por Obama ou, em menores níveis, do Brasil, com a permissão da entrada de capital estrangeiro em instituições de saúde.

“Nós não podemos simplesmente fomentar, fomentar e fomentar. Nós precisamos mudar.”, disse  Patrick Figgis, Global Leader de Healthcare da PwC.

Uma das tendências que deve ser potencializada no país, segundo Patrick, com a permissão deste tipo de capital no país é a construção de parcerias público-privadas. "A expertise do setor privado pode agregar à capilaridade do setor público e, além disso, obviamente, a quantidade de capital sendo injetada na rede de atenção à saúde do setor público aumentaria, viabilizando um maior número de projetos e iniciativas. No entanto, é necessária a criação de um ambiente que facilite este tipo de investimento. Não é somente liberar a entrada, é preciso criar um ecossistema que incentive o investimento deste capital."

Do ponto de vista do poder público, a busca destas parcerias é o aumento de capital e o aumento da eficiência na gestão. No Brasil, o grande exemplo de sucesso deste tipo de acordo é do Hospital do Subúrbio, no estado da Bahia. A rede foi montada com coordenação do Estado da Bahia, já que há uma experiência prévia na área. E, para garantir o sucesso, nos últimos quatro anos, em todos os meses, são feitos cálculos sobre o investimento para garantir segurança ao investidor e melhorar a relação entre as partes envolvidas.

No caso deste hospital, foi criado um fundo garantidor e um fluxo diferenciado de pagamento que viabiliza este tipo de negócio. Cerca de 18% do fundo de participação entra em um fundo de compensação e há o pagamento com retorno para o tesouro estadual daquilo que não foi investido.

Patrick ainda disse que há grande oportunidades e grandes dificuldades a serem enfrentadas em um país como o Brasil. Primeiro, é preciso que haja um regime político e regulatório que encoraje a mudança, que possibilite empresas já estabelecidas e novas companhias a mudarem e continuarem evoluindo. Além disso, é preciso criar um modelo mais focado na promoção e prevenção para garantia de uma maior qualidade de vida com menores custos ao sistema.