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EUA: é preciso rever forma de prevenir o ebola

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- Shutterstock
Infecção de enfermeira motivou declaração de autoridade americana. Outros países fazem testes e reforçam capacidade de atender casos suspeitos

O governo dos Estados Unidos admitiu na segunda-feira (13) que precisa rever a forma como vem trabalhando na prevenção de infecções por ebola. O diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês), Thomas Frienden, disse em uma entrevista coletiva que a confirmação do caso de contagio da enfermeira Nina Pham, 26 anos, revelou a necessidade de "repensar" protocolos e segurança.

A enfermeira está internada em Dallas, no Texas, e contraiu a doença quando cuidava do liberiano Thomas Duncan, que chegou aos Estados Unidos na última quinzena de setembro, apresentou os sintomas em território americano e faleceu na semana passada.

Frieden disse que, apesar de o país ser capaz de tratar com segurança o ebola de maneira que o contagio seja evitado, o "conhecimento" sobre isso pode não estar sendo disseminado de maneira correta. "Temos que rever a forma com a qual abordamos o controle de infecção do ebola. Até mesmo uma única infecção é inaceitável”, disse Frieden hoje na sede do CDC em Atlanta.

Sobre o estado de saúde da enfermeira contaminada, Frienden disse que a paciente está estável mas acrescentou: “O tratamento do ebola é difícil. Estamos trabalhando para torná-lo mais seguro e mais fácil”.

Na coletiva de hoje, Frieden minimizou as críticas que havia feito ao hospital. Ele se desculpou por ter insinuado que a enfermeira teria sido responsável por sua contaminação ao "violar protocolos que a expuseram ao vírus". "Peço desculpas se passei esta impressão”, declarou.

Além das declarações do CDC, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reuniu-se com seu gabinete para discutir como o sistema de saúde americano pode se preparar para cuidar de doentes.

Hoje outros países também trataram do controle do ebola. O Reino Unido fez um teste para "averiguar a capacidade de resposta" em caso de um surto do vírus em território britânico. No teste, atores fingiram ser pessoas contagiadas por ebola, médicos e enfermeiros simularam a situação de atendimento.

Depois da reunião, foi feita uma reunião do Comitê de Emergência do governo, segundo um comunicado do Departamento de Saúde do país. Na América Latina, a Venezuela também anunciou que aumentará o controle e repasse de informações em portos e aeroportos internacionais.

A epidemia de ebola matou mais de 4.000 pessoas este ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e contaminou mais de 8 mil em cinco países do Oeste africano: Guiné, Libéria, Nigéria, Senegal e Serra Leoa.

Mais baixas
Um funcionário da Organização das Nações Unidas (ONU), infectado com o vírus ebola, morreu nesta terça-feira (14) na Alemanha. Ele chegou ao país na semana passada para tratamento, informou o hospital onde estava internado, a Clínica São Jorge. "O paciente com ebola morreu à noite na Clínica São Jorge, em Leipzig", anunciou a instituição em comunicado.

As autoridades locais de saúde tinham informado, na semana passada, que o doente era um médico sudanês que tinha chegado à Alemanha na quinta-feira (9), procedente da Libéria. "Apesar dos nossos melhores esforços e do cuidado médico intensivo, o empregado da ONU, com 56 anos, sucumbiu à séria infeção", acrescenta o comunicado.

A Alemanha já tinha tratado mais dois casos de ebola infectados em Serra Leoa - um perito senegalês que recebeu assistência em Hamburgo e foi liberado no dia 4 de outubro, e um médico de Uganda, que ainda está em tratamento em Frankfurt.

* com informações da Agência Lusa