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EUA registra primeiro caso de ebola fora da África

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- Shutterstock
Doente está isolado em hospital de Dallas, no Texas, após uma viagem para a Libéria no dia 19 de setembro. Segundo responsável, “não há motivo para pânico”

Os Estados Unidos anunciaram na terça-feira (30) o primeiro caso de infecção por ebola diagnosticado em território americano e fora do continente africano. De acordo com um comunicado do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) divulgado em Atlanta, Georgia, o paciente - cuja identidade não foi divulgada - é do sexo masculino e está internado em um Hospital em Dallas, Texas.

Em uma entrevista coletiva, o diretor do CDC, Thomas Frieden, disse que a pessoa infectada está em tratamento e "estritamente isolada" desde que surgiram os primeiros sintomas da doença. Segundo ele, o paciente voltou de uma viagem à Libéria (África) no dia 19 de setembro e chegou aos Estados Unidos um dia depois. Os exames feitos após a internação (e o surgimento dos sintomas) confirmaram a contaminação por ebola.

O diretor do CDC garantiu que não há motivo para "pânico" ou preocupação, porque o paciente foi isolado assim que surgiram os primeiros sintomas da doença. A fase infecciosa do ebola começa após o surgimento dos sintomas, como febre, vômito e dores de cabeça.

Em agosto, a
Agência Brasil entrevistou a médica brasileira Denise Cardo, diretora da Divisão de Controle de Infecção Hospitalar do CDC que disse, na época, que nenhum país do Continente Americano tinha casos diagnosticados de ebola. Os três casos tratados anteriormente nos Estados Unidos foram diagnosticados na África e trazidos para tratamento no país.

Denise afirmou que o risco de contaminação fora da África não estava descartado devido à mobilidade humana. No caso dos Estados Unidos, o país mantém uma campanha de alerta para viajantes que viajam ou regressam do Oeste africano, especialmente dos países mais atingidos: Guiné, Libéria e Serra Leoa.

Segundo as últimas estatísticas da Organização Mundial da Saúde (OMS), os números indicam que mais de 6,5 mil pessoas podem estar infectadas nos três países mais afetados. O atual surto é considerado pela ONU como uma "ameaça global" e o organismo avalia serem necessários U$10 bi para combater a doença.

E o Brasil?
Em entrevista à Folhapress, Jarbas Barbosa, secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, disse que o País está preparado para lidar com um caso de contaminação registrado em território nacional. Segundo ele, o plano de contingência já em vigor nos aeroportos e portos brasileiros prevê a detecção precoce e o isolamento de casos suspeitos, embora a situação seja “pouco provável”.

Para Barbosa, o caso registrado nos EUA não causará uma nova epidemia, e que o país tem a infraestrutura necessária para atender os casos e isolar os doentes. 


* com informações do jornal Folha de S. Paulo