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Lei que garante ações de prevenção do câncer de mama entra em vigor em abril

Lei estabelece a implementação de ações de saúde para assegurar a prevenção, a detecção e o tratamento do câncer de mama e do colo uterino

Entra em vigor no dia 30 de abril a Lei n° 11.664/08 que estabelece a implementação de ações de saúde para assegurar a prevenção, a detecção e o tratamento do câncer de mama e do colo uterino no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
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Criada em 29 de abril de 2008, a lei passa a vigorar um ano depois de sua publicação. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia do Distrito Federal, Antonio César Hummel, a entrada dessa lei em vigor fará com que o sistema de saúde cumpra o que estava previsto, pois a assistência à saúde é um dever do Estado.
"Não existe uma prevenção específica, na verdade existe um diagnóstico precoce que é feito por meio da mamografia, da ecografia e, em alguns casos, por meio da ressonância mamária", explica Hummel.
Para o mastologista, a lei viabilizará o diagnóstico precoce, já que as mulheres terão direito a fazer o exame, o que está relacionado diretamente a uma chance maior de cura. "Quanto menor o tumor, maior a chance de cura da paciente. E uma mamografia de boa qualidade, que é capaz de detectar um tumor de até 5 milímetros, representa uma chance enorme de cura", informa.
O número de mulheres diagnosticadas com câncer de mama no Brasil tem aumentado. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o número de novos casos da doença esperados para o país em 2009 é de 50 mil. Esse tipo de câncer representa uma das principais causas de morte entre as mulheres. O último levantamento feito pelo Inca, em 2006, registrou 10.800 mortes em decorrência do câncer de mama.
Antonio Hummel alerta que cerca de 1000 novos casos surgem por ano em Brasília e que a rede pública do Distrito Federal não tem capacidade de atender a todos. Segundo Hummel, o Hospital de Base (HBDF) é o único que faz exames e tratamento de câncer de mama. O HBDF conta apenas com 10 mastologistas (especialista em câncer de mama), número insuficiente para atender à população.
"O sistema público de saúde do DF não está preparado para combater esse tipo de câncer. Existem muitas falhas, como deficiência de especialistas, falta de aparelhos e de pessoas capacitadas para operá-los", ressalta.
A radiologista do HBDF Alice Maria Alves Muniz Aragão lembra que a mamografia é o método mais eficaz para identificar a doença. Alice alerta que a prevenção deve ser feita, e que o câncer de mama, na maioria dos casos, atinge mulheres acima de 50 anos, mas pode ocorrer em qualquer idade, sendo, no entanto, casos raros. "Aos 35 anos, toda mulher deve fazer uma mamografia e após 40 anos, fazer uma anualmente, como forma de prevenção", disse.
Segundo Alice Aragão, quanto mais cedo detectado o câncer de mama, melhor o resultado do tratamento. "Hoje, a rede pública dispõe de alguns equipamentos de mamografia, não tantos quanto deveria. Ela afirmou que são necessários mais equipamentos e especialistas, pois a população cresce a todo momento. "Atendemos à população do DF, entorno e de outras regiões", explica.
O tratamento do câncer de mama se baseia hoje em cirurgia, radioterapia e quimioterapia. O principal sintoma é o nódulo na mama ou ferimentos no mamilo.