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Médicos sem Fronteiras negam dinheiro e pedem pessoas

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- Shutterstock
Entidade recusou doação de US$ 2,2 milhões do governo australiano e alegou que até uma dúzia de pessoas seriam suficientes para salvar milhares de vidas

A organização Médicos sem Fronteiras (MSF) recusou US$ 2,2 milhões doados pelo governo australiano e apelou às autoridades para que enviem pessoal de saúde à África Ocidental para combater o ebola. “A MSF simplesmente não tem capacidade para fazer o trabalho sozinha. Estamos recusando gente nas nossas clínicas, que operam há semanas acima da sua capacidade”, informou a organização em comunicado nesta quinta-feira (2).

A organização não governamental pediu apoio de pessoal por considerar que poderia ter “um impacto muito significativo” nos esforços de combate à doença.

“Até uma dúzia de pessoas capacitadas - que possam supervisionar as equipes locais na gestão do centro de isolamento, ajudar na detecção de casos e em medidas de controle do surto - poderiam salvar milhares de vidas”, acrescentou a MSF.

A organização diz que as limitações logísticas impedem o aumento da ajuda em países como a Libéria, Serra Leoa ou a Guiné-Conacri, os três mais afetados.

“A Austrália deve parar de dar desculpas para se unir na luta contra o ebola (…). Países como a Austrália, com capacidade para fazer a diferença, estão olhando para o lado, para evitar responsabilidade, e recusam-se a enviar o próprio pessoal para ajudar”, diz a MSF em comunicado.

Em seis meses, o número de mortos em consequência do ebola, sobretudo na África Ocidental, já ultrapassou os 3 mil, ou seja, cerca de metade dos 6.500 casos registrados, segundo a Organização Mundial da Saúde.