Após 10 meses do início da crise mundial, uma grande parcela das operadoras de saúde e as empresas irão negociar os reajustes médicos. Os planos propõem reajustes que variam, em média, de 8,4% a 10,2% - podendo ser menor ou maior conforme a sinistralidade, ou o uso dos serviços, dos clientes. Porém, até ontem a expectativa do mercado era de que as operadoras concordassem em dar reajustes menores aos propostos inicialmente. Mas, de acordo com a Aon Consulting, com as mudanças da ANS anunciadas ontem os planos de saúde serão muito menos flexíveis.
De acordo com a Fenasaúde, os reajustes eram negociados conforme a necessidade de cada companhia e operadora. Com a nova regra da ANS, que valerá a partir de 15 de agosto, as operadoras e seguradoras não poderão mais impor dois tipos de reajustes: um médico (calculado com base nos custos médicos e normalmente aplicados em julho) e um técnico (baseado no índice de sinistralidade de cada empresa e aplicados duas vezes por ano).
Até o início deste ano, algumas companhias, com grande número de funcionários, conseguiram evitar reajustes pesados. Por exemplo, o McDonald"s com 30 mil funcionários conseguiu que os reajustes de 12% da Medial, e de 9% da Bradesco Saúde não fossem repassados.
A Bradesco Saúde tem proposto aumento no percentual da co-participação do beneficiário ou diminuir a abrangência do plano. No primeiro trimestre, a sinistralidade da seguradora foi de 82% contra 75% do mesmo período do ano passado.
*Com informações do Valor Econômico