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O que trava a inovação em saúde no Brasil?

Article-O que trava a inovação em saúde no Brasil?

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Barreiras logísticas, carga tributária e falta de mão de obra especializada estão entre os pontos elencados por especialistas

No ano passado, o Brasil aparecia em 61º lugar no Global Innovation Index, considerado o principal ranking de inovação do mundo, atrás de países como Barbados, Panamá e Costa Rica.

Qual é o motivo que faz o gigante da América Latina caminhar a passos tão lentos nessa seara?

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No 2º fórum "A Saúde no Brasil", o jornal Folha de S. Paulo reuniu um painel de especialistas para discutir o tema e, em termos gerais, constatou-se que a burocracia, lentidão na aprovação de pesquisas clínicas e para novos produtos, altos custos e deficiências logísticas estão entre os principais entraves.

"Para uma inserção competitiva de qualquer país em estudos clínicos internacionais, torna-se necessário não somente a adesão integral aos princípios de boas práticas clínicas (GCP / ICH), mas também o aperfeiçoamento e manutenção de recursos humanos especializados. Outros fatores são importantes como uma infraestrutura que comporte a demanda crescente, custos adequados com qualidade de serviços, rapidez na captação e recrutamento de sujeitos de pesquisa, desburocratização das aprovações jurídicas e contratuais das Instituições e agilidade do sistema ético e regulatório", disse o professor da Fundação Instituto de Administração (FIA), Luis Lopez Martinez, gerente de Pesquisa do Núcleo de Apoio à Pesquisa Clínica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), em artigo publicado no Saúde Business.

O pesquisador também aponta que a indexação de trabalhos brasileiros em periódicos de renome, como Nature e Science, ainda é baixa.

Economista sênior em saúde do Banco Mundial, André Médici destaca, em seu blog, a falta de investimentos em Pesquisa & Desenvolvimento. "Nossos investimentos em P&D ainda são muito baixos, frente aos padrões internacionais. Em 2012, investíamos somente 1,3% do PIB com P&D, enquanto países líderes na inovação como Israel, Coréia, Japão, Suécia, Suíça e Estados Unidos investiam 4,3%, 3,6%, 3,4%, 3,4%, 2,9% e 2,8%, respectivamente. Em 2013, o Brasil, oitava economia mundial, estava na 24ª posição no ranking de registro de novas patentes", aponta.

O atraso em inovação também se explica pelo baixo interesse da iniciativa privada nesse tipo de investimento. "A participação do setor privado ainda representa menos da metade dos investimentos em P&D no Brasil, acontecendo justamente o contrário na maioria dos países que são líderes em inovação. Em 2011, as empresas responderam entre 40% (México) e 75% (Israel) dos investimentos em P&D em 20 países."

Fomentar a inovação passa, portanto, pela criação de um ambiente econômico atrativo, desenvolvimento de mão de obra especializada, mais eficiência nos órgãos reguladores e, acima de tudo, um desejo da indústria e dos governos de criar produtos e serviços que melhorem o panorama da saúde no Brasil.

Serviço – A Live Healthcare Media convida você a participar desse debate no Hospital Innovation Summit, que acontecerá dentro do Hospital Innovation Show.

O quê: Hospital Innovation Summit

Onde: Hospital Innovation Show – Centro de Convenções Rebouças (Av. Rebouças, 600 – Pinheiros, São Paulo – SP – CEP 05402-000)

Quando: 28 e 29 de setembro de 2015

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