Com o lançamento do Hololens, a Microsoft colocou parte do mercado em “choque” na última semana, uma vez que ela deu um passo significante no uso natural de computadores.

Mas o que seria este uso natural? O uso natural nada mais é que uma realidade onde a acessibilidade humana passa a interagir com máquinas de forma transparente, onde os usuários nem percebem mais a quantidade de tecnologia envolvida e seus conceitos no uso. Representa o que o IPad/Iphone fizeram pelas interfaces touch, onde até crianças interagem sem treinamento. O Hololens promete entregar uma experiência física/virtual com os computadores jamais vista até este ponto.

Nos 20 anos que acompanho o mercado de informática de forma profissional, este passo é uma das formas mais dramáticas no uso de computadores, algo que só agora migrou da necessidade de técnicos altamente capacitados na operação de tais maquinas no início da década de 80, para dispositivos interativos que não necessitam de treinamentos para o seu uso, a experiência prometida pelo Hololens muda radicalmente a experiência de uso.

Agora vamos pensar nos cenários práticos para o uso deste tipo de tecnologia no nosso dia a dia. Imagine um cirurgião que precisa realizar um procedimento em um paciente, até este ponto da convergência tecnológica só era possível a interação com dispositivos feitos por concorrentes da Microsoft como Google Glass realizando a gravação do procedimento e transmitindo para salas de treinamento ou conferência, utilizando uma interface muito rudimentar na visualização de poucas informações e restritas informações que dependiam de um smartphone para esta troca de dados.

Imagine o mesmo cenário apresentado com a nova tecnologia Microsoft, onde seria possível realmente ter acesso em tempo real sem fios (O dispositivo é praticamente um supercomputador com alto processamento de vídeos com chips gráficos de alto desempenho GPUs) a dados reais sobre o paciente, além da possibilidade de acesso ao seu prontuário eletrônico, seus sinais vitais, além de todos os exames que poderiam estar interligados para uma melhor tomada de decisões.

A questão mais relevante que fica aqui é a tendência cada vez maor da personalização computacional, que passa a ser realmente algo pessoal daqui para frente, onde imersão no conteúdo acontece de forma efetiva.

Se você já imaginou um pouco sobre o que está por vir agora pense o impacto que uma ferramenta desta pode proporcionar na educação médica, onde seria possível realizar simulações e trocar em tempo real experiências entre profissionais da mesma cidade ou qualquer parte do mundo.

O que a Microsoft está criando é o alicerce para um novo mundo, algo além do que o Óculos Rift ou Google Glass e até mesmo um Microsoft Kinect estão se propondo a resolver. Ele passa a ser uma plataforma de interatividade que com o apoio da comunidade de desenvolvedores de software, que já conhecem Windows podem levar este produto inicial a quebrar barreiras da imaginação, uma vez que além de proporcionar a Holografia o mesmo permite a interação gestual e por voz.

A Microsoft poderia até descontinuar o produto em alguns anos, como já aconteceu com outras tecnologias, entretanto ela abriu para o mundo novas possibilidades, onde será possível realizar coisas incríveis com esta plataforma ou similares no futuro, eles abriram a fronteira mais próxima da interação humana vista em décadas e por isso o mercado de tecnologia e entusiastas estão tão eufóricos como não se via em anos.

Se prepararem porque vem muita coisa por ai, nos próximos meses, onde alguns sortudos terão a oportunidade de explorar o equipamento de perto.