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Hospital Samaritano cria Centro de Atenção ao Tabagismo

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Hospital Samaritano cria Centro de Atenção ao Tabagismo
Com equipe multidisciplinar, serviço oferece suporte a pacientes que desejam parar de fumar

Para auxiliar pessoas que desejam parar de fumar, o Hospital Samaritano Higienópolis (São Paulo) acaba de criar um Centro de Atenção ao Tabagismo. Atualmente, 25 milhões de brasileiros são fumantes, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o consumo de tabaco é a principal causa de mortes evitáveis no mundo, responsável por 63% dos óbitos relacionados a doenças crônicas não transmissíveis. Apenas em São Paulo, de acordo com o Ministério da Saúde, 14,1% da população é fumante.

Formado por uma equipe multidisciplinar e com atuação baseada em terapia cognitivo-comportamental, o centro oferece um programa que inclui quatro sessões de debate em grupos de até três pessoas, seguidas de consulta individual com pneumologista, mais duas sessões individuais com psicóloga e nutricionista.

“Os encontros têm intervalo de uma semana e cada um deles tem foco em uma das fases do processo de cessação do tabagismo, que podem ser muito estressantes, mesmo para aquele paciente que está decidido a parar de fumar. O acompanhamento de psicólogo e nutricionista tem o objetivo de dar suporte a essas pessoas em todo o ciclo que envolve essa escolha, prevenindo a troca do vício por uma compulsão alimentar, por exemplo”, destaca Igor Bastos Polonio, coordenador do Centro de Atenção ao Tabagismo do Samaritano Higienópolis.

Durante o tratamento, são abordados temas como a relação da pessoa com o tabagismo (quando iniciou, quantos cigarros fuma por dia etc.), o motivo que a fez buscar o tratamento e as principais dificuldades encontradas na interrupção do vício. Além disso, logo no início do programa – entre a primeira e a segunda sessões –, é solicitado ao paciente que estabeleça uma data para deixar de vez o cigarro.

Os participantes também aprendem técnicas de respiração para relaxamento e recebem orientação para evitar crises de abstinência e recaídas. Por fim, os pacientes têm acesso a informações sobre as alterações positivas que ocorrem no organismo uma vez que parem de fumar.

“Não há quantidade segura de nicotina que uma pessoa possa consumir por dia – a partir de um cigarro, a incidência de infarto, por exemplo, aumenta. Já os benefícios da cessação do tabagismo ocorrem em qualquer idade e sempre há redução de risco das doenças relacionadas ao tabaco, que são mais de 60, como alguns tipos de  câncer e enfisema pulmonar”, explica Polonio, que é doutor em Pneumologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e professor da disciplina na Faculdade da Santa Casa de São Paulo.