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Mensagens de Texto Podem Diminuir Taxa de Infecções Cirúrgicas

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Um estudo em tecnologia em saúde descobriu que SMSs podem reduzir o risco de infecções durante a cirurgia, dentre outros. Leia mais.

Um estudo feito sobre tecnologia em saúde realizado no Medical College of Wisconsin, em Milwaukee descobriu que lembretes via mensagens de texto podem aumentar o cumprimento do requerimento de banhos pré cirúrgicos pelos pacientes e reduzir o risco de infecções durante a cirurgia.

Banhos antissépticos antes das cirurgias, utilizando químicas como o gluconato de clorexidina, podem reduzir o número de micróbios na pele, protegendo o paciente contra infecções no centro cirúrgico.

Segundo os pesquisadores, 400 mil infecções ocorrem em centros cirúrgicos a cada ano nos Estados Unidos, sendo um quarto desse número fatal. De acordo com um comunicado para imprensa feito pela American College of Surgeons, os cirurgiões podem reduzir o risco se recomendarem que o paciente tome dois ou três banhos antissépticos, de 24 a 48 horas antes da admissão hospitalar.

O estudo, publicado no Journal of the American College of Surgeons, foi realizado com 80 voluntários, divididos em três grupos. Metade dos indivíduos foram instruídos a tomar banhos três vezes, e os outros foram pedidos para tomar banhos duas vezes. Entre os dois grupos, metade usou a tecnologia em saúde via mensagem de texto como lembrete para realizar a prática.

O Dr. Charles Edmiston, condutor do estudo e professor de cirurgia na Medical College of Wisconsin, disse em um comunicado que fazer com que pacientes cumpram a tarefa de higiene antes das cirurgias é um desafio. ''Mesmo que pacientes queiram ser complacentes, eles irão com frequência esquecer de cumprir os requerimentos de pré-admissão'', disse ele, explicando que esse é o motivo pela qual os médicos procuram uma nova tecnologia em saúde como solução. ''Quando você usa um prompt, como mensagens de texto ou e-mail, você faz com que o paciente seja um parceiro íntimo no processo de cuidado com a saúde''.

Após a primeira fase do estudo, os indivíduos voltaram ao laboratório para terem suas peles analisadas por pesquisadores para o uso de CHG, a química que foi instruída que usassem. Os médicos descobriram que os voluntários que não receberam mensagens de texto tiveram uma concentração de CHG 66% menor. A pesquisa não observou se a concentração de micróbios também tinha sido reduzida, porém, a evidência sugere que o uso da tecnologia em saúde na forma de SMS pode diminuir as complicações consideravelmente.

Segundo os pesquisadores, o próximo passo terá como objetivo melhorar a padronização de quando e como os pacientes tomam os banhos com o uso da tecnologia em saúde.

''Eu acredito que um estudo assim nos dá uma tremenda oportunidade de capacitar pacientes, pois claramente faz com que eles sejam um parceiro íntimo em toda a experiência de cuidado com a saúde'', disse Edmiston. ''Isso está lembrando a eles que eles não são jogadores passivos, e sim participantes ativos em uma estratégia importante de redução de riscos que, se for completada com sucesso, pode contribuir para um resultado clínico melhor''.

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