Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em parceria com o MIT e a Microsoft, anunciaram o desenvolvimento de uma inovação em saúde que pode auxiliar aqueles que possuem problemas de visão. A tecnologia promete permitir que o usuário dispense o uso de óculos ao usar o computador, a televisão e outros aparelhos eletrônicos.
A inovação em saúde utiliza algoritmos para alterar a imagem com base na receita oftalmológica do usuário e um filtro de luz localizado na frente do display. A tecnologia altera a luz de cada pixel apresentado na tela para que, quando alimentado através de um pequeno furo no filtro de plástico, o raios cheguem à retina de uma forma que possam recriar a imagem de uma forma nítida. Segundo os pesquisadores, a ideia é antecipar a forma que nossos olhos poderiam distorcer a imagem e ajustar as imperfeições para que possamos ver claramente.
A tecnologia ainda traz esperança para aqueles que possuem problemas de visão causadas por defeitos físicos, que não podem ser corrigidos por óculos ou lentes, disseram os pesquisadores responsáveis pela inovação na saúde, incluindo aberrações esféricas, que fazem com que partes de lentes reflitam a luz de formas diferentes.
Um artigo com todos os detalhes sobre a inovação em saúde será apresentado na International Conference and Exhibition on Computer Graphics and Interactive Techniques, no Canadá, no próximo mês.
Os pesquisadores pretendem demonstrar a tecnologia com o uso de imagens coloridas, aplicando algoritmos nas figuras, com o objetivo de distorcer a imagem e representar diferentes condições de visão. A seguir, as imagens foram exibidas em um iPod Touch que continha um filtro para serem vistas por usuários com esses problemas.
A inovação em saúde ainda apresenta alguns problemas. A tecnologia, por exemplo, depende de como a pessoa utiliza o dispositivo. Se o usuário movimenta muito os olhos, por exemplo, a tela pode mostrar alguns problemas de correção. O display também não pode ser usado por diversas pessoas que possuem problemas de visão diferentes.
Segundo Ramesh Raskar, que é co-autor do artigo, a segunda complicação pode ser resolvida com displays de alta resolução (acima de 326 pixels por centímetro), fazendo com que a tecnologia possa ser usada simultaneamente por mais de uma pessoa.
Gordon Wetzstein, co-autor do artigo disse que o próximo passo é criar uma inovação em saúde que possa ser usada por pessoas no ''mundo real''. A tecnologia pode levar alguns anos para ser desenvolvida.
E você? Compraria a nova tecnologia?
