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ABIQUIFI e EMBRAPII se unem para ampliar a capacidade tecnológica para produção de insumos farmacêuticos no Brasil

Article-ABIQUIFI e EMBRAPII se unem para ampliar a capacidade tecnológica para produção de insumos farmacêuticos no Brasil

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Cenário de fragilidade criou uma oportunidade única de o país ampliar e fortalecer os fabricantes de IFAs nacionais

A pandemia causada pelo novo coronavírus revelou a fragilidade da saúde pública nacional ao expor a dependência do país pela importação de insumos farmacêuticos (IFAs) na produção de seus remédios e vacinas, inclusive daquelas destinadas ao combate ao covid19.

Apenas 5% dos insumos são fabricados no Brasil, os outros 95% são importados, dos quais mais de 70% da China e Índia. Em um cenário de urgência global e com uma quase total dependência pela importação desses insumos, os riscos de um colapso na saúde pública são gigantescos.

Associação Brasileira da Indústria de Insumos Farmacêuticos (ABIQUIFI) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) firmaram um acordo de Aliança Estratégica de fomento à produção, inovação e independência tecnológica. O projeto, realizado em uma cerimônia online, visa estimular a fabricação de insumos farmacêuticos no Brasil, de modo a tornar o setor mais independente de escassez externa - como a que vem acontecendo ultimamente. "Nenhum país é 100% independente em IFA, mas é possível definir quais insumos poderão ser integralmente ou parte produzidos aqui, levando em consideração os aspectos da saúde pública brasileira e de capacidade tecnológica." – declara Norberto Dias, presidente executivo da ABIQUIFI – Associação Brasileira da indústria de Insumos Farmacêuticos.

Segundo Norberto, o cenário de fragilidade nacional no abastecimento de insumos farmacêuticos criou uma oportunidade única de o país retomar sua capacidade na fabricação de IFAs: “Esse é o momento para o Brasil se posicionar e decidir se continuará dependente ou se buscará oportunidades de desenvolver tecnologias, ampliar o parque fabril e reduzir a vulnerabilidade no fornecimento de insumos farmacêuticos. Trata-se de um momento único para o setor, em que surge uma oportunidade para retomarmos o desenvolvimento e fabricação de parte estratégica de nossos próprios insumos.” – explica.

Embora a aliança traga expectativas bastante positivas, seus resultados podem levar algum tempo até que apareçam efetivamente, algo em torno de dois a três anos: “Nossa expectativa é de que com ações estratégicas para o setor, em 5 anos  possamos ampliar a produção de insumos, gerar mais empregos e aumentar o fluxo de  investimentos,  fortalecendo assim a cadeia para que possamos superar os atuais 5% de produção doméstica”.