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Novo Nordisk: trazendo inovação para uma empresa tradicional

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A empresa dinamarquesa, que surgiu em função do tratamento do diabetes, está prestes a fazer 100 anos. Durante muito tempo esta foi a sua principal atuação, mas recentemente suas atividades foram ampliadas, incluindo tratamentos para obesidade, distúrbios da coagulação e do crescimento. Marcam presença em solo brasileiro há quase 30 anos. O vice-presidente corporativo e Gerente Geral, Allan Finkel, se orgulha: "Somos líderes nas 4 áreas que atuamos, com uma média de crescimento de 38% anualmente”.

A fábrica em Montes Claros (MG) foi comprada em 2003 e inaugurada em 2006 após o investimento de mais de 270 milhões de dólares. Hoje considerada uma das fábricas mais modernas do mundo, segundo o VP, é responsável por 15% de toda insulina produzida globalmente e ​assumindo 25% de ​toda a exportação brasileira de medicamentos! Sim, não somente de insulinas!

No final de 2018 foi concedida a aprovação do Ministério da Saúde para fornecimento de insulinas em caneta ao SUS, registro marcante na saúde pública. De acordo com Allan, as conversas sobre a substituição do frasco pela caneta sensibilizaram o governo mostrando o quanto a apresentação evita desperdícios e aumenta adesão ao tratamento de uma forma inovadora. A insulina NPH hoje faz parte do componente básico e a análoga do componente especializado.

Assumindo um papel no cuidado direto ao paciente

Em parceria com o CONASEMS, Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, e o IPADS, Instituto de Pesquisa e Apoio ao Desenvolvimento Social, ​foi lançado um projeto que objetiva qualificar o cuidado dos pacientes com diabetes mellitus tipo 1, apoiar a implantação de protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas, capacitar a equipe de saúde e aprimorar suas ações, além de subsidiar e fomentar a educação de pacientes e cuidadores. Foi criada uma paciente fictícia, a Glica Melito, que explica como é viver com diabetes. Conteúdo disponível inclusive em formato de vídeo pelo YouTube.

A empresa vê nos programas de adesão mais uma oportunidade de contribuir na educação dos pacientes. Nos programas de diabetes e obesidade, por exemplo, são oferecidas consultas com nutricionista e instruções para administração dos medicamentos, à distância e eventualmente até presenciais. Outro ponto relacionado, é a parceria com a Abbot para oferecer medidores de glicemia com desconto.

Simone Warmbrand Tcherniakovsky, Diretora de Assuntos Corporativos, vê nos programas de adesão uma forma de conscientizar os pacientes sobre a importância da terapia contínua, aumentando assim a adesão. “Vemos o paciente de uma forma integrada não só do ponto de vista de terapia medicamentosa”, completa.

Em questões de terapias digitais, o laboratório já tem um piloto de aplicativo chamado “Dose Check”. Nele, o médico cadastra o paciente com o objetivo de glicemia a ser alcançado. Do outro lado, o paciente insere as aferições e o programa faz as titulações necessárias na dose de insulina e ao mesmo tempo fornece mensagens educativas sobre hábitos de vida saudável.

Fora do Brasil, também estão sendo desenvolvidas as chamadas smart pens. São canetas que fazem uma interface entre o prontuário e a prescrição do paciente, permitindo um monitoramento em tempo real pelo médico. Quem sabe em um futuro próximo podendo​ até ser pareado com os sistemas de monitoramento glicêmico!

Futuro da empresa no Brasil

A Novo Nordisk pretende ser uma das empresas mais inovadoras do seu segmento. A criação de uma área de inovação está dentro de seus planos a curto prazo. “Buscamos entender melhor o mercado de inovação fora da indústria farmacêutica e como trazer este know-how para o que fazemos”, finaliza Allan.