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“Não há fórmula mágica, é preciso estudo e investimento”, diz Diretor da Temp Log sobre ajustes para RDC 430

Article-“Não há fórmula mágica, é preciso estudo e investimento”, diz Diretor da Temp Log sobre ajustes para RDC 430

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Em evento pioneiro realizado pela empresa na última quarta-feira (18), com objetivo de capacitar os mais de 50 agentes regionais que atuam na distribuição de medicamentos, executivo discutiu com grandes nomes do setor a nova resolução da ANVISA

A RDC 430/2020 entrou parcialmente em vigor em março de 2021, mas as novas regras sobre monitoramento das condições de transporte relacionadas às especificações de temperatura, acondicionamento, armazenagem e umidade do medicamento, bem como a aplicação dos sistemas passivos ou ativos de controle de temperatura e umidade que sejam necessários à manutenção das condições requeridas, serão obrigatórias a partir de março de 2022. Quem ainda não se adequou precisa correr e quem já está em dia precisa capacitar os colaboradores e parceiros para que tudo seja cumprido. Foi pensando nisso que a Temp Log realizou nesta quarta-feira (18) um painel exclusivo sobre o tema para os mais de 50 agentes regionais que atuam diariamente na distribuição de produtos de alto valor agregado à saúde humana. 

A resolução diz respeito às boas práticas de distribuição, armazenagem e transporte de medicamentos, e veio para substituir outras duas RDC: a 304 e 360. O ponto mais forte dela é o transporte, que não era contemplado nas anteriores, mas todos os elos da cadeia contam com especificações na RDC que precisam ser atendidas. 

“Algumas empresas que já atuam no segmento ainda não estão prontas para se adequar às mudanças para armazenamento, fracionamento e transporte de medicamentos que já estão em vigor. E é importante reforçar para cada uma delas que não existe fórmula mágica, é preciso estudo e investimento para que tudo seja cumprido. Cada operador logístico precisa avaliar seus clientes e produtos transportados para determinar assim a melhor forma de trabalho”, comenta Ricardo Canteras, Diretor Comercial e de Operações da Temp Log. 

Por mais que não haja uma fórmula para o sucesso, é preciso saber por onde começar. E no caso do transporte de medicamentos, o primeiro passo deve ser a análise de risco. Em um país com dimensões continentais, que demanda integração entre modais para chegar ao destino final e um clima que pode variar de 0º a 30ºC em um mesmo dia, de acordo com a região em que a carga está, é preciso planejar como esse controle de temperatura vai ocorrer.

“Falando um pouco do modo de trabalho da Temp Log, que atua com monitoramento passivo de temperatura, com produtos de cadeia fria que devem ser mantidos de 2º a 8ºC, nós temos que fazer um mapeamento de rotas térmicas, que consiste em enviar as caixas previamente, por todas as rotas e modais, com sensores de temperatura, no verão e no inverno. E assim podemos prever com antecedência todo o controle que será necessário ao longo do trajeto e o que precisaremos fazer para garantir que o produto chegue até o destino final sem sofrer qualquer tipo de excursão de temperatura”, explica Canteras. 

Além disso, a RDC prevê esse monitoramento também com cargas secas, que são aquelas que não precisam de refrigeração mas devem estar em temperatura de 15º a 30ºC. Se levarmos em conta o verão brasileiro na região norte, por exemplo, onde a temperatura fora do caminhão já ultrapassa os 30ºC, podemos ter uma ideia do quão quente ficaria dentro do baú e qual o tamanho do desafio para que o produto não seja afetado e chegue íntegro ao consumidor final. 

É possível afirmar, também, que a tecnologia será uma aliada para todas as empresas. Isso porque os dataloggers e demais dispositivos de monitoramento de temperatura vão ser indispensáveis. “Temos hoje aplicativos, que são conectados com esses sensores, para que os dados de cada embalagem sejam registrados e possamos garantir, com base nisso, que nenhuma embalagem sofreu qualquer tipo de prejuízo. Cada vez mais a tecnologia vai ser necessária para garantir que todas as legislações sejam cumpridas e que o produto chegue ao destino final com suas propriedades físico-químicas inalteradas”, finaliza Ricardo. 

Encontro de Agentes Regionais 

Realizado anualmente desde 2017, o encontro tem como objetivo reconhecer o trabalho das mais de 50 empresas que atuam em parceria com a operadora na distribuição de produtos de alto valor agregado para a saúde humana e oferecer capacitação para que o serviço seja prestado com cada vez mais eficiência e responsabilidade. Pela  segunda vez online, por conta da pandemia, o encontro de 2021 veio com um novo formato e apresentou para os fornecedores de transporte e clientes da empresa um painel repleto de profissionais gabaritados que discutiram todos os detalhes da RDC 430. 

Ao lado de de Canteras, estiveram também presentes Carla Sapiensa, Gerente de Operações em Qualidade e Desenvolvimento Industrial e Farmacêutica Responsável na Galderma (planta de Hortolândia), Marcos Machado, presidente do CRF-SP, e Liana Montemor, Diretora Técnica e Estratégica em Cold Chain do Grupo Polar. O moderador foi Carlos Buran, diretor Administrativo da Temp Log. 

Além de oferecer conhecimento sobre o que a RDC traz de diferente, na prática, para o dia a dia das empresas, o Encontro de Agentes Regionais contou com uma premiação monetária aos parceiros que mais se destacaram em cada região ao longo dos últimos 12 meses. 

Para mensurar e cobrar cada vez mais qualidade nos serviços dos agentes regionais, a empresa desenvolveu um sistema da avaliação mensal que consiste em premiar anualmente os agentes que mais se destacaram nos quesitos: qualidade, atendimento e operação.