O aumento de 5,9% nos preços dos medicamentos, a partir do dia 31 de março, embora autorizado esta semana pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), vinculada à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), não deverá ser efetuado por todas as empresas, de acordo com o secretário-executivo da Cmed, Luiz Minton Velozo.
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Segundo Velozo, algumas das empresas registram o preço com o aumento e dão descontos na compra do remédio. Velozo disse também que, nesse reajuste, estão incluídos os medicamentos de uso contínuo, como remédios para diabetes, pressão arterial, entre outros. As exceções são para medicamentos com grande concorrência no mercado como a dipirona, os homeopáticos e os fitoterápicos.
Com a determinação do Cmed serão reajustados os preços de cerca de 20 mil medicamentos. Para que a empresa possa fazer esse aumento é necessário que apresente à câmara um relatório de comercialização, informando os preços que pretendem cobrar, após a correção autorizada. As empresas que não entregarem o relatório ou reajustarem os preços acima do valor estipulado pela câmara podem ter de pagar uma multa, que varia de R$ 212 a R$ 3,2 milhões.
Para o aposentado Raimundo Vitor, que toma medicamento para controlar a pressão arterial, esse aumento vai pesar no bolso. "Isso vai onerar o orçamento da gente e vai dificultar as compras, porque vai prejudicar o poder aquisitivo. Esse aumento é inoportuno e não deveria existir", disse.
O engenheiro Márcio Lima disse que o reajuste vai acabar prejudicando as pessoas mais idosas, que normalmente tomam medicamentos de uso contínuo. "Para quem não está com a idade muito avançada o reajuste não deve fazer muita diferença, mas para o pessoal de mais idade deve ser duro. Eu vejo muita gente aqui [na farmácia] que compra um saco de remédios e para o orçamento deles deve ficar pesado", comentou.