Anualmente, o Brasil registra cinco milhões de doações de sangue, com 70% delas provenientes de bancos de sangue públicos. Para aumentar a segurança nos processos de triagem, a QIAGEN, empresa que fornece o teste IGRA (para detecção de tuberculose latente) ao SUS, anuncia a expansão de sua parceria com a Bio-Manguinhos/Fiocruz, líder em vacinas e diagnósticos para o Ministério da Saúde.
Com essa parceria, o processo de triagem das doações de sangue agora detecta contaminações por malária, além de vírus como HIV e hepatites B e C, utilizando uma plataforma avançada de triagem molecular. Desde 2009, essa colaboração tem fornecido reagentes e instrumentos para testes de HIV e hepatite C. Agora, a Bio-Manguinhos/Fiocruz lança uma solução baseada em PCR para detectar a malária, uma inovação que não estava disponível anteriormente no programa de doação de sangue do Brasil.
Plataforma do Teste Brasileiro de Ácido Nucleico (NAT Plus)
Atualmente, a plataforma do Teste Brasileiro de Ácido Nucleico (NAT Plus) está em operação em 30 laboratórios em todo o país. Baseada na metodologia de PCR, ela analisa com precisão o DNA ou RNA dos vírus. Além da detecção de malária nas amostras, a solução também fortalece a vigilância epidemiológica da dengue, que continua a apresentar altos índices de incidência no Brasil.
Antonio Gomes Pinto Ferreira, diretor de reagentes para diagnósticos in vitro da Bio-Manguinhos/Fiocruz, destaca que o apoio da QIAGEN é essencial para alcançar as metas de saúde pública da instituição, especialmente em relação ao rastreamento da malária e da dengue. "A equipe nos ajudou a desenvolver uma solução epidemiológica que melhora significativamente nossas capacidades de triagem de sangue e aumenta a segurança da saúde pública", afirmou.
Avanços no Programa Nacional de Triagem de Sangue
A colaboração entre QIAGEN e Bio-Manguinhos/Fiocruz, iniciada em 2009, visa equipar o programa nacional de triagem de sangue com tecnologias de testes moleculares, como reagentes e instrumentos para a detecção de HIV e hepatite C. Este último avanço representa uma das maiores iniciativas de segurança na doação de sangue da história do Brasil, aprimorando a segurança das transfusões ao detectar a malária e reduzir a "janela de diagnóstico" entre infecção e diagnóstico laboratorial.
A plataforma do Teste Brasileiro de Ácido Nucleico apoia a vigilância da saúde no sistema de transfusão de sangue, contando com mais de 300 profissionais treinados em 14 centros de hemoterapia e processando 3,5 milhões de amostras anualmente. Agora, a solução também é capaz de detectar e diferenciar amostras de zika, chikungunya e dengue, contribuindo para os programas de vigilância epidemiológica no país.
Salim Essakali, chefe de parcerias estratégicas e divisão OEM da QIAGEN, reafirma o compromisso da empresa em colaborar com parceiros tecnológicos como Bio-Manguinhos/Fiocruz para desenvolver soluções de alto impacto. "Esta parceria demonstra como a combinação da experiência em biotecnologia da QIAGEN, ferramentas de ciências da vida e recursos operacionais pode melhorar os resultados de saúde pública no programa nacional de triagem de sangue do Brasil", afirmou.