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Como podemos fomentar a inovação em saúde no Brasil?

Article-Como podemos fomentar a inovação em saúde no Brasil?

Como podemos fomentar a inovação em saúde no Brasil?
Hoje está acontecendo um workshop da ABIMO que trata, basicamente, de como podemos fomentar e desenvolver a inovação em saúde nacional.

Hoje está acontecendo, em São Paulo, o Workshop de Novo Modelo de Financiamento da Inovação, realizado pela ABIMO (Associação Brasileira de Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios), que trata, basicamente, de como podemos fomentar e desenvolver a inovação em saúde nacional.

Segundo o Superintendente da ABIMO, Paulo Henrique Fracaro, Presidente Executivo da ABIMO, a reunião tem extrema importância, principalmente quando se pensa no produto nacional da área da saúde. O produto nacional constitui somente 36,2% de todo o consumido no país, o que significa que mais de 60% dos produtos utilizados aqui são importados. Este número já é maior que o ano anterior, em que apenas 34% dos produtos eram nacionais. A balança comercial tem estado com índice negativo na comparação de importação e exportação e, a cada ano, este número fica mais evidente.

balança comercial

Para Paulo Fracaro, a solução para que esta situação se reverta é a inovação. Ainda segundo ele, “quando se analisa o quadro das indústrias brasileiras, quase 65% têm faturamento de até 6 milhões de reais por ano, o que significa que, no geral, estas empresas brigam para sobreviver todos os dias e, ao mesmo tempo, precisam inovar.“porte das empresas

Sabemos que o processo de inovação requer disciplina, construção de novos processos e planejamento, pontos que precisam de expertise específica e muita força de vontade por parte do quadro da emrpesa. Além disso, a parte financeira é de grande importância, já que, a partir do momento que a empresa decide fazer um produto inovador, passa a ter muitos impostos e taxações na compra (e talvez importação) de matéria-prima.

Outros dois nomes que integraram uma das mesas foram Eduardo Jorge Oliveira, Diretor do Departamento do Complexo Industrial e Inovação em Saúde, a balança comercial é deficitária em mais de 10 bilhões de reais por ano e “um país com um sistema público como o nosso não pode ficar à mercê de flutuação de câmbio e monopólios ou oligopólios tecnológicos”. Ainda segundo ele, a indústria nacional tem se beneficiado com o crescimento do setor de produtos para a saúde, que foi o segmento com maior avanço em relação às políticas industriais propostas pelo Ministério da Saúde.

Outra iniciativa para fomentar a inovação em saúde foi a criação da Embrapii, instrumento criado para ajudar o setor nacional a inovar, garantindo uma maior aproximação entre instituições de pesquisa que fazem parte da Embrapii, como o IPT e o Senai/Cimatec, e o setor empresarial. ASsim, segundo ele “podemos juntar as competências para somar e ter uma indústria competitiva mais forte.”

Um outro ponto levantado na discussão foi a defasagem entre o conteúdo normativo de órgãos como a ABNT e o que está sendo produzido no setor. É preciso acelerar o processo e manter sempre atualizado o escopo do conteúdo.

Com essas iniciativas, associadas a outras do setor, a indústria certamente pode sair ganhando e aumentar a participação nacional no consumo aparente de produtos de saúde.