A Costa do Marfim, ou oficialmente République de Côte d'Ivoire, é uma república presidencial multipartidária africana. O presidente do país é simultaneamente chefe de Estado e chefe de governo, que também tem o poder executivo, enquanto o poder legislativo é exercido pelo parlamento.
Os sistemas de saúde da Costa do Marfim têm muita ligação com a história política do país. O governo costamarfinense sofre para sair de uma crise que dura desde o governo militar, que teve início no golpe de 1999 e se estendeu por dez anos de governo autocrático. O país ainda passou por uma crise pós eleitoral entre 2010 e 2011, quando houveram diversos confrontos políticos internos.
O governo tenta até hoje reconstruir seus sistemas de saúde após as eleições de 2010. Em 2012, o Ministro da Saúde Yoman N'dri anunciou que os serviços de cuidados gratuitos seriam abandonados, sendo mantidos somente para mães e crianças. O plano divulgado na época seria dar um passo para trás, afim de recuperar recursos.
O país vive uma constante crise em seus sistemas de saúde praticamente inexistentes. Como consequência dos problemas políticos do país, milhões ficaram feridos e milhares deslocados, sem acesso a saneamento básico e água potável, gerando um grande surto de malária. As crises resultaram no fechamento de bancos e mercados, o que tirou o acesso da população à alimentos e dinheiro, aumentando a subnutrição. Outros problemas como cólera, meningite e sarampo também são recorrentes, e ajudaram o aumento dos encargos dos sistemas de saúde que já eram falhos.
A Costa do Marfim tem diversos problemas em seus sistemas de saúde além da cobertura, entre eles a falta de equipamentos, medicamentos e médicos. Em 2010, o país tinha 0,14 médicos por 1.000 habitantes, número muito baixo comparando com a média de países de renda média, na qual o número mais baixo registrado foi de 0,77. Para o mesmo número de habitantes, o país apresentou 0,48 de enfermeiros e de cuidadores de obstetrícia pessoal e 0,02 farmacêuticos.
Os gastos com os sistemas de saúde costamarfinenses, porém, não são tão baixos quanto se imagina. Em 2011, a saúde custou 6,78% do PIB do país, enquanto em outros países africanos da região gastaram 6,34 do PIB.
COMO EMPREENDER NA COSTA DO MARFIM
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