A pandemia da nova gripe está mudando os rumos da economia no mundo. O Banco Mundial calcula que o custo econômico dos governos em combater e tratar de pacientes contaminados pode variar de 0.7% a 4,8% do PIB global. Já a consultoria britânica Oxford Economics avalia que se 30% da população for contaminada pelo vírus H1N1, o PIB do mundo cairá 3,8%, o que representaria uma perda de US$ 2,5 trilhões. Tais números poderiam trazer uma deflação ou retardar a recuperação econômica mundial por um ou dois anos.
Uma estimativa publicada pelo JP Morgan afirma que os governos já encomendaram cerca de 600 milhões de doses de vacina contra a nova gripe. Foram gastos US$ 4,3 bilhões, mas há chances das vendas somarem mais US$ 2,6 bilhões com uma nova encomenda de 342 milhões de doses. A indústria de vacinas contra a gripe A está trabalhando a todo vapor.
Só no Brasil, o Ministério da Saúde investiu R$ 34,75 milhões na compra de 800 mil medicamentos contra a Influenza. O primeiro lote com 50 mil chegou na terça-feira (21) e o restante da encomenda deve estar no Brasil até o fim de setembro. Com tantos pedidos, produtoras de antivirais como a Roche e a GSK devem ter suas receitas elevadas para mais de US$ 1,8 bilhão no mundo desenvolvido e até US$ 1,2 bilhão nas nações em desenvolvimento. A GSK afirma que já vendeu 150 milhões de doses.
Já a 3M no Brasil anunciou um investimento de US$ 1,1 milhão na nova linha de produção de máscaras mais potentes contra o vírus da gripe suína na fábrica de Itapetininga (SP). Com três turnos diários, a 3M pretende atender não só encomendas nacionais, mas também dos vizinhos na América Latina.