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DGF prepara captação de fundo no exterior

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Após as captações de fundos bilionários de "private equity" - que compram participações em empresas - destinados ao país, chegou a vez das firmas nacionais com foco em aquisições de médio porte testarem o apetite do investidor estrangeiro por oportunidades no mercado local. Com dez anos de atuação e US$ 300 milhões em recursos sob gestão, a DGF Investimentos partiu para a primeira captação de recursos no exterior.

O objetivo é levantar US$ 200 milhões com o novo fundo, segundo Sidney Chameh sócio-fundador da DGF. O alvo são companhias com faturamento de US$ 10 milhões e US$ 100 milhões por ano, em setores como tecnologia da informação e serviços.

Desde a criação, a DGF investiu em 25 empresas. Segundo Chameh, o retorno obtido com as 14 participações vendidas até o momento foi de 4,5 vezes o capital investido. O novo fundo deve seguir a linha dos anteriores, com investimentos minoritários e foco na melhoria na gestão e em governança.

Além dos recursos externos, a DGF avalia a possibilidade de captação no mercado local, embora nenhuma decisão tenha sido tomada ainda. "Temos uma base muito boa de investidores, mas hoje sentimos que estamos no momento adequado para levantar recursos fora do país", destacou.

A DGF contratou a Mercury Capital como agente de colocação ("placement agent"). Segundo Chameh, o processo de apresentações a potenciais investidores ainda está no início, por isso ele acredita que o processo de captação deve se estender até outubro do ano que vem.

Mesmo com o agravamento da crise externa, o executivo afirma que a receptividade dos investidores estrangeiros tem sido boa. "O Brasil continua sendo visto como um país com grande potencial de crescimento, o que não se vê em mercados mais maduros", afirma Chameh, que também é presidente da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (Abvcap).

Embora o momento da captação não seja o ideal, o executivo lembra que o setor vem de boas notícias recentes, como a redução da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) na entrada de capital estrangeiro que investe em fundos de private equity.

Fonte: Valor Econômico