Termina na próxima segunda-feira, dia 10 de maio, o prazo estipulado pelo ministro da Educação, Tarso Genro, para a apresentação dos critérios que nortearão a abertura de novos cursos de Medicina e da área da saúde. Há mais de dez meses, a abertura de cursos de Medicina está suspensa com base em resoluções do Conselho Nacional de Saúde (CNS), acatadas pelo Ministério da Educação (MEC). No entanto, 46 pedidos estão em andamento, sendo nove apenas para São Paulo, informa a Assessoria de Imprensa do Cremesp. Diante da situação alarmante, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), o Conselho Federal de Medicina, a Associação Médica Brasileira, a Confederação Médica Brasileira, a Federação Nacional dos Médicos, a Associação Paulista de Medicina, o Sindicato dos Médicos de São Paulo, a Federação dos Médicos do Estado de São Paulo e a Academia de Medicina de São Paulo estão lançando a campanha "Proteja-se. Lute pela proibição da abertura de novos cursos de Medicina. Por uma Medicina ética, com qualidade e compromisso social".
A iniciativa faz parte do movimento deflagrado pela Carta Aberta das entidades médicas enviada ao ministro da Educação no início de março. Em reunião do CNS no dia 10 de março, Tarso Genro anunciou a prorrogação por pelo menos mais 60 dias da suspensão da abertura de novos cursos de Medicina, que já durava 240 dias.
O objetivo da campanha é alertar a população e sensibilizar as autoridades responsáveis sobre os potenciais riscos representados pela criação de escolas de Medicina sem condições necessárias de oferecer ao futuro médico uma formação consistente e adequada.
As entidades médicas também pretendem sensibilizar os novos membros do Conselho Nacional de Educação (CNE), que tomam posse hoje, quando será eleito o novo presidente. Os médicos esperam, ainda, que o assunto esteja na pauta da Plenária do CNS e da Câmara de Educação Superior do CNS que se reúnem, separadamente, nos próximos dias 5 e 6 de maio, em Brasília.
O Cremesp lançará neste mês a cartilha "Escolha bem seu curso de Medicina", dirigida especialmente aos estudantes que se preparam para prestar vestibular na área. A publicação será encaminhada gratuitamente aos cursinhos e às escolas da rede pública e privada. Estão sendo afixados em diversos pontos da capital paulista outdoors com o slogan da campanha. Cartazes, bottons e adesivos também serão disponibilizados pelas entidades médicas. No site www.proteja-se.org.br há dados atualizados sobre a situação das escolas médicas em São Paulo e no País.