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Equipamentos para saúde têm déficit acima de US$ 2 bi

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- Shutterstock
Apesar do prejuízo, houve aumento de 4,9% nas exportações em relação ao primeiro semestre de 2013, revela Abimo

O mercado de equipamentos médicos, hospitalares e odontológicos (EMHO) no primeiro semestre acompanhou a negativa balança comercial brasileira e fechou o período com déficit de mais de US$ 2 bilhões. De acordo com a Abimo, as importações alcançaram quase U$S 2,4 bilhões, contra um pouco mais de US$ 380 milhões em exportações.


Ao comparamos os resultado do primeiro semestre de 2014 ao mesmo período do ano passado, houve uma queda de 1,2% no número de importações (de US$ 2,414 bilhões para US$ 2,384 bilhões), ao mesmo tempo em que as exportações aumentaram 4,9% (de US$ 364,1 milhões para US$ 382,1 milhões).

Separando os dados pelos setores representados pela Abimo, a pior situação encontra-se na área de equipamentos médicos, que amarga um saldo comercial negativo de US$ 490 milhões e quase 7% de aumento nos índices de importação, em relação ao primeiro semestre do ano passado. O menor déficit ainda está na área de odontologia, que era superavitária até 2013: o número hoje beira os US$ 5 milhões e em termos percentuais apresentou uma queda em suas importações de mais de 10%.

Os Estados Unidos ainda são os campeões em negócios com o Brasil, tanto em importação, como em exportação. Entre janeiro e junho de 2014, mais de 32% dos produtos importados pelo Brasil vieram dos EUA (somando US$ 768,3 milhões). Em contrapartida, enviamos para o país mais de 24% de toda a nossa exportação (US$ 95,2 milhões). A Argentina é o segundo país que mais importa equipamentos do Brasil (US$ 35,9 milhões).

Mesmo caindo 7% na comparação, os campeões do primeiro semestre de importação pelo Brasil foram os itens de laboratório, como reagentes para diagnóstico. Apesar disso, esse subgrupo comemora o aumento de 88% em suas exportações. Os campeões na exportação foram os itens de consumo, como adesivos para curativos, suturas e cateteres.

Para a coordenadora de inteligência comercial da ABIMO, Katherine Guimarães, a compilação dos dados significa um aumento e fortalecimento do mercado interno brasileiro: “Apesar dos dados da balança, a produção vem aumentando, o que demostra claramente que a maior produção está sendo consumida dentro do país”, diz.

O ano de 2013 fechou com um déficit de US$ 4,1 bilhões para o setor. O balanço acrescenta mais um ano de resultados negativos. Nos últimos três anos registrou-se crescimento de 14% no total de importações paralelamente à queda de 10% no montante de exportações de produtos médicos e odontológicos.

Fonte: Informações com Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios (ABIMO) e do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)