As companhias farmacêuticas dos países desenvolvidos estão preocupadas com a reforma do sistema de saúde dos Estados Unidos, que elas acreditam que poderá causar perda de US$ 2 bilhões em vendas este ano, segundo informou o Valor Econômico.
A maior parte das grandes companhias farmacêuticas está estimando uma queda de 1% a 3% nas vendas este ano, uma vez que, conforme informações divulgadas por elas, as reformas propostas pelo presidente Barack Obama vão reduzir os preços dos medicamentos - com a previsão de um impacto duas vezes maior em 2011.
O Valor informou ainda que a Eli Lilly estima que as reformas vão reduzir suas receitas em até US$ 400 milhões este ano e em até US$ 700 milhões, em 2011. De acordo com a companhia, seus lucros por ação serão reduzidos de US$ 4,65 - US$ 4,85 para US$ 4,40 - US$ 4,55. Enquanto isso, a Baxter revisou sua estimativa de lucro por ação de US$ 4,20 - US$ 4,28 para US$ 3,92 - US$ 4,00.
A Pfizer disse acreditar que as reformas irão encolher suas receitas em US$ 300 milhões, em US$ 900 milhões em 2011 e US$ 800 milhões em 2012. A GlaxoSmithKline (GSK) do Reino Unido disse que sua receita também será afetada em US$ 300 milhões em 2010.
Uma análise feita pelo Citigroup sugere que as grandes companhias farmacêuticas americanas conseguem de 42% a 64% de suas receitas no mercado doméstico, com a Bristol-Myers Squibb gerando 64% de suas vendas nos EUA. Enquanto isso, a exposição máxima ao mercado dos EUA entre as companhias europeias é de 42%, da AstraZeneca do Reino Unido.
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