Após a instalação de um centro de pesquisa no início da década, o laboratório francês Servier inaugura hoje, no Rio de Janeiro, sua primeira fábrica no Brasil. O investimento estimado é de R$ 80 milhões para um retorno estimado de R$ 290 milhões em três anos. A nova unidade terá capacidade para 10 milhões de caixas ao ano, podendo chegar a 25 mil em caso de necessidade, e vai abastecer o Brasil e toda a América Latina.
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O terreno, de 76 mil m, localizado em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, poderá ainda abrigar, em cinco anos, uma segunda unidade da companhia, caso se confirme o potencial esperado pelo projeto, segundo a diretora geral da Servier no Brasil, Varso Toppjian.
Com faturamento de ? 3,8 bilhões, a Servier aposta no mercado brasileiro, que já movimenta US$ 14 bilhões, tendo conquistado o primeiro lugar no mercado da América Latina e o décimo do ranking mundial. A escolha do Rio de Janeiro deve-se à proximidade com o polo farmacêutico da região, o que beneficiaria a logística e a conquista de novos talentos, segundo Toppjian. “Esperamos crescer cerca de 10% ao ano pelos próximos cinco anos”, estima a executiva.
No primeiro momento, serão fabricados seis medicamentos, e a expectativa é de que, em breve, outros cinco sejam produzidos, entre as linhas de diabetes, doenças cardiovasculares, neurologia e oncologia. Todos sintéticos. Alguns dos produtos já são vendidos para o governo.
A filial brasileira reúne as atividades de pesquisa e desenvolvimento, produção e direção médica, contando com 380 colaboradores. Em média, 50 empregos indiretos serão gerados, com um aumento do quadro previsto nos próximos dois anos.
O governador Sérgio Cabral, o prefeito Eduardo Paes, o ministro José Gomes Temporão, além do presidente do grupo, Jaques Servier, devem estar presentes à cerimônia de inauguração, hoje, no Rio de Janeiro. Criada há pouco mais de 50 anos, a Servier está presente em 140 países nos cinco continentes com 80 filiais. Atualmente, a companhia investe 25% do seu faturamento mundial em pesquisa e desenvolvimento, segundo Toppjian. A empresa conta com quase 3 mil colaboradores que se dedicam à investigação e ao desenvolvimento de novos tratamentos.
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