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Grupo Infinita cresce 20% ao ano e expande atuação no Brasil

Article-Grupo Infinita cresce 20% ao ano e expande atuação no Brasil

Embalado pelo dólar baixo, ascenção das classes C, D e E e desenvolvendo talentos dentro de casa, empresa tem estratégias agressivas para o mercado de medicina diagnóstica

Com uma estratégia de expansão agressiva, o Grupo Infinita, especializado em diagnóstico por imagem, comemorou mais uma aquisição em outubro deste ano. A companhia desembolsou R$ 3,5 milhões pelo Rondoclin, laboratório de diagnóstico por imagem localizado em Porto Velho (RO). Assim, a holding composta por oito empresas, desenha seu modelo de crescimento.
O segredo da expansão do grupo, que realiza 600 mil exames anualmente, cresce 20% ao ano e pretende fechar 2011 com R$ 21 milhões de faturamento é composto, basicamente, pela baixa do dólar, que facilita a compra dos equipamentos de diagnóstico por imagem; e pela ascensão das classes C, D e E, já que, assim, a entrada de novos usuários na saúde suplementar aumenta a demanda por exames e expande os usuários com esse perfil.
?A redução do dólar e do preço dos equipamentos gerou crescimento significativo na quantidade de aparelhos. A segunda é o brasileiro ganhando melhor, a ascensão das classes C, D e E e o aumento das carteiras dos planos de saúde, isso favoreceu o ingresso de novos exames porque antes eles não tinham acesso a esse tipo de tecnologia?, detalha o fundador e diretor-executivo do Grupo Infinita Paulo Bonadio Filho.
Atualmente, 70% da receita da empresa vem da saúde suplementar, 20% do Sistema Único de Saúde (SUS) e 10 % são particulares. O executivo conta que a parcela privada vem daqueles que ainda não têm ou não podem pagar planos ou esperar pelo SUS. Tal fato, faz com que o Grupo Infinita tenha três laboratórios destinados ao diagnóstico de imagem de baixo custo, ou seja, com exames mais baratos.
?Se comparar a quantidade de unidades que temos para esse segmento, são poucas em relação às outras, mas estes laboratórios de baixo custo são responsáveis por 15% da receita do grupo. Hoje é a maior rentabilidade, a tendência é seguirmos por esse caminho?, prevê o executivo.
Outra estratégia utilizada pelo grupo é ficar longe de praças competitivas. A rede tem unidades em Brasília, Recife, Salvador e Belo Horizonte, mas a maioria dos laboratórios estão em cidades menores como: Palmas e Curupi (TO), Altamira (PA), Montes Claros, Itabira e Juiz de Fora (MG) e Canarana (MT). A empresa frisa que não almeja a entrada em São Paulo. ?Temos alguns convites para a Grande São Paulo, mas, na capital, o mercado já está bem escasso e pulverizado, não traz rentabilidade. Só entramos onde não há grandes laboratórios. Entramos para desenvolver o mercado?, explica Bonadio Filho.
E para expandir território, o Grupo Infinita garante sua receita em parcerias com os hospitais. São oito parceiros como o Santa Helena e Santa Lúcia, em Brasília, e a recente aliança com o Madrecor, em Uberlândia. Funciona assim: a empresa entra com o serviço e os equipamentos e o hospital com toda a infraestrutura, como o serviço radiométrico e blindagem radiomagnética. O lucro é dividido pelos dois.
?O hospital já tem demanda certa de clientes e isso é importante para a empresa porque a receita é certa. Não precisamos investir em marketing e comercial para conquistar convênios, pois a demanda do hospital vem do pronto-socorro?, conta o executivo, acrescentando que a importância de manter os laboratórios fora de hospitais está no conforto e necessidade do próprio paciente, que prefere clínicas a ingressar em um hospital apenas para a realização de exames.
Santo de Casa
Para driblar os obstáculos, o Grupo Infinita investe em sistemas de informação próprio. A holding também é composta por uma empresa de tecnologia, a Plurinet, braço responsável pelo desenvolvimento do PACS e do RIS da empresa, além do serviço de help desk, armazenamento de informações e virtualização dos servidores ? todas as máquinas são virtuais e a TI é realizada pela central em Brasília.
O investimento e desenvolvimento de ferramentas próprias - seja pelo core da empresa ou pela gestão da tecnologia - evidenciou o principal gargalo da instituição: a falta de mão de obra. De acordo com Bonadio Filho, esse é o grande obstáculo e, para vencê-lo, a empresa tem um plano de educação continuada em parceria que ajuda na formação e no desenvolvimento dos colaboradores. A empresa também conta com o auxílio do programa Parceiros para Excelência da Fundação Dom Cabral (FDC).
?Nossa empresa é uma grande escola, o que a gente faz é transformar trainees juniores em seniores com muito treinamento. Está muito complicado conseguir profissionais no mercado. Não só na área de TI, mas na área medica e de gestão também?, finaliza.