Um estudo publicado pela revista médica inglesa Lancet aponta que o HIV poderia ser eliminado em dez anos, caso todas as pessoas que moram em países com altas taxas de infecção tivessem acesso aos tratamentos e exames.
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O estudo matemático baseou-se em experiências da África do Sul e Malavi. Nos dois países africanos, as pessoas, de forma voluntária, se submetiam a testes anuais e todos os que fossem identificados como portadores da doença passavam a receber o tratamento.
Em dez anos, a taxa de infecção cairia em 95%. Outras medidas que apoiariam a erradicação do vírus são educação sexual e circuncisão masculina.
De acordo com as projeções, as mortes por aids cairiam 50% e a doença se tornaria esporádica.
O custo da estratégia foi estimado em US$ 3,4 bilhões ao ano, com potencial queda após o investimento inicial. Hoje, 7 milhões de pessoas aguardam tratamento.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) posicionou-se sobre o assunto e considerou o estudo como um exercício teórico, já que não avalia questões logísticas, de infra-estrutura de saúde de cada sistema e nem a possibilidade de o vírus tornar-se mais resistente ao longo do tempo.