faz parte da divisão Informa Markets da Informa PLC

Este site é operado por uma empresa ou empresas de propriedade da Informa PLC e todos os direitos autorais residem com eles. A sede da Informa PLC é 5 Howick Place, Londres SW1P 1WG. Registrado na Inglaterra e no País de Gales. Número 8860726.

Hospitais Fecham Setores por Falta de Recursos

Article-Hospitais Fecham Setores por Falta de Recursos

Hospitais Fecham
Durante a semana, notícias como o encerramento de atividades do setor de urgência e emergência da Santa Casa e de setores não rentáveis em outros hospitais foram anunciadas. Mas, quais motivos para isso acontecer?

Durante a semana, notícias como o encerramento de atividades do setor de urgência e emergência da Santa Casa e de setores não rentáveis em outros hospitais foram anunciadas. Tais setores não rentáveis em geral são as maternidades, pediatrias e áreas de baixa complexidade médica.

O Hospital Santa Catarina vai fechar seu setor de maternidade, existente há mais de 30 anos, no final de outubro e a Santa Casa de Belo Horizonte afirmou que deve fechar sua maternidade, em setembro, pois tem prejuízo de cerca de R$800 mil por mês.

Os hospitais paulistas São Camilo, Nossa Senhora de Lourdes e Santa Marina, os cariocas Barra D'Or e o curitibano Vita realizaram os mesmos processos nos últimos anos e focaram em áreas com maior retorno financeiro, como oncologia, neurologia, ortopedia e cardiologia.

Apesar da taxa de natalidade caindo, o aumento do número de partos em mulheres mais velhas (partos portanto de alta complexidade) tem tido impacto nos custos e na estrutura hospitalar necessária para a manutenção de uma maternidade, diminuindo o retorno para os hospitais.

Setores como pediatria, por exemplo, apresentam o problema de baixo número de profissionais especialistas na área, devido à baixa remuneração. Segundo Francisco Balestrin, presidente da Anahp, "Hoje não há mais tantos casos de patologias infantis. As crianças não ficam doentes como antes e quando há um problema são casos graves, como oncológico ou cirúrgico, em que o paciente usa o mesmo leito ou centro cirúrgico".

Já no caso da Santa Casa de São Paulo, o serviço de Urgência e Emergência foi paralisado no dia 22 (terça-feira) por falta de recursos para compra de materiais e medicamentos. Esta Santa Casa é o maior centro de atendimento filantrópico da América Latina e apresenta dívidas com os fornecedores de R$ 50 milhões para materiais e medicamentos e, se considerado todo o débito, as contas chegam a R$ 400 milhões.

Os atendimentos foram retomados no dia 23 (quarta-feira) após o reabastecimento do hospital com liberação de emergência pela Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo de R$ 3 milhões. Foi aberto um inquérito civil pelo Ministério da saúde para investigar o encerramento de atividades, que atingiu cerca de 6 mil pessoas.

Aqui, é preciso avaliar que a Santa Casa de São Paulo recebe de 40 a 70% dos seus recursos do Sistema Único de Saúde, mas o Estado ainda repassa financiamento extra, o que deveria, segundo o estado, ser suficiente para o funcionamento da instituição.

O Secretário de Saúde do Estado de São Paulo alegou "Não foi um problema só de financiamento. Temos que avaliar a gestão do dinheiro também. Estou pedindo há meses a abertura das contas da Santa Casa."

TAG: Geral